O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou, na quinta-feira (14), que os Estados Unidos deveriam impor sanções ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e à ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT). A justificativa seria relacionada à contratação de médicos cubanos para o programa Mais Médicos, implementado em 2013.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Eduardo afirmou em entrevista à agência de notícias Reuters que considera justo e acredita fortemente que o ministro Padilha está incluso nessa lista de sanções. Ele observou que o secretário Rubio demonstra muita serenidade ao compartilhar informações, sem divulgar listas.
Ele considerou improvável que eles transmitissem uma mensagem ao governo brasileiro sobre a necessidade de mais médicos e a aplicação de sanções, e que isso não atingisse Dilma ou o ministro Padilha.
LEIA TAMBÉM!
O Departamento de Estado dos Estados Unidos já cancelou vistos e impôs restrições a servidores do governo brasileiro, ex-funcionários da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e seus familiares.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, classificou o programa Mais Médicos, que envolveu a contratação de médicos cubanos para atender ao SUS, como “um golpe diplomático inconcebível”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Foram mencionados os nomes Mozart Julio Tabosa Sales, Secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador-geral para a COP30, ex-Assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da Opas. Ambos participaram da implementação do Mais Médicos.
Rubio tem imposto sanções à conta-gotas. O primeiro alvo foi o ministro Alexandre de Moraes e “seus aliados”. Ele teve o visto revogado no dia 18 de julho. Duas semanas depois foi enquadrado na Lei Magnitsky – que pune violadores de direitos humanos.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Carmen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes, também tiveram seus vistos revogados. No entanto, não há uma confirmação oficial.
Outros nomes podem constar nessa lista, uma vez que o governo americano não divulgou de uma só vez os alvos das sanções.
Eduardo Bolsonaro também ressaltou que o aumento de 50% em produtos brasileiros se deve à “crise institucional”.
A questão crucial da tarifa de 50%, da maior dessas últimas ondas de tarifas anunciadas pelo presidente Trump, reside na crise institucional que estamos enfrentando. É por isso que tenho alertado a todos que pretendem tratar isso apenas sob ótica comercial: isso não vai funcionar. É por isso que tenho dito: deve ser dada uma primeira sinalização aos Estados Unidos que estavam resolvendo essa crise institucional.
Fonte por: CNN Brasil