Eduardo Bolsonaro afirma que governo Trump o informou sobre sanções e apoia a política de tarifas elevadas

A declaração contrasta com o que foi dito anteriormente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que alegou não possuir ligação alguma com a tarifa.

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DF - EDUARDO BOLSONARO/EUA/PGR/INQUÉRITO - POLÍTICA - Foto de arquivo de 28/03/2023 do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL- SP) em sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda- feira, 26 de maio de 2025, a abertura de um inquérito para investigar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro pela atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A PGR atribui ao deputado uma campanha de intimidação e perseguição contra integrantes da própria Procuradoria, do Supremo e da Polícia Federal envolvidos em investigações e processos contra bolsonaristas. 28/03/2023 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o influenciador Paulo Figueiredo admitiram nesta segunda-feira (21) que a discussão sobre a possibilidade dos Estados Unidos impostarem tarifas comerciais ao Brasil foi abordada em reuniões que tiveram com autoridades do governo americano antes do anúncio da medida pelo ex-presidente Donald Trump.

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Eduardo e Figueiredo afirmaram que a questão foi apresentada pelo governo americano e que, no início, apoiaram que apenas o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras fossem punidas. Contudo, atualmente, eles avaliam que a opção de Trump em relação à tarifa de 50% sobre o Brasil foi correta.

Ao ser questionado sobre a discussão com o deputado Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo afirmou que sua opinião era de que a medida não era a mais adequada para o momento, defendendo sanções contra os responsáveis pela ditadura.

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Eduardo Bolsonaro completou. “Não imaginamos que, no início, fosse decretada a tarifa. Mas, como o Paulo bem falou, nós não somos o presidente dos Estados Unidos. Não temos o poder da caneta”, respondeu o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Figueiredo afirmou que, apesar de ter se oposto às tarifas inicialmente, hoje considera que Trump estava correto e que está “100% convencido” de que as tarifas foram o movimento adequado para o Brasil. “Concordo”, declarou Eduardo ao ser questionado sobre a resposta do influenciador. “Tanto que chamo de Tarifa-Moraes. Foram tarifas de 50%, a maior dessa última leva, devido à crise institucional que o Moraes está causando”, continuou.

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Ele ilustrou sua posição ao mencionar o caso hipotético de um entregador por aplicativo que é tributado em 50%. “Quando ele quiser reclamar, talvez ele vá ser calado. Antes de qualquer questão comercial, vem a liberdade. Se não puder falar, dar a sua opinião, você vai ser um escravo, um cubano. Queremos preservar as liberdades da nossa democracia”, declarou.

Não tem nada a ver conosco.

Em entrevista à jornalista Andréia Sadi, do G1, nesta segunda-feira, o ex-presidente negou que seu grupo político tenha tido qualquer relação com a decisão de Trump. “Isso é lá do governo Trump. Não tem nada a ver com a gente. Querem colar na gente os 50%. Mentira”, disse. “Eu não tenho contato com autoridades americanas.”

Ele também rejeitou que Eduardo possa negociar com autoridades americanas sobre a taxação. “Ele não pode falar em nome do governo do Brasil. O Eduardo não pode falar em nome do governo brasileiro”, disse o ex-presidente.

Com informações do Estadão Contigo

Publicado por Nótaly Tenório

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.

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