Eduardo afirmou que, caso seu pai não possa concorrer, ele almeja ser candidato

Em caso de seu pai, Jair Bolsonaro (PL-SP), não poder concorrer à eleição presidencial, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) declarou que buscaria a Presidência da República.

Nos Estados Unidos, o parlamentar sugeriu a realização de uma “campanha virtual”.

O parlamentar também não descartou deixar o Partido Liberal, caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se filie ao PL. O chefe estadual é cotado como possível presidencial e herdeiro do legado eleitoral de Bolsonaro, que está inelegível até 2030.

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Se meu pai não puder concorrer, eu gostaria de me candidatar. Se o Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo] vier para o PL, o que vai acontecer? Eu não terei espaço. Estou no meu terceiro mandato, sei como a coisa funciona. Eu teria que ir para outro partido, declarou em entrevista ao portal Metrópoles.

Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos desde fevereiro. Em março deste ano, solicitou licença do cargo por 120 dias. A partir de 21 de julho, retomou formalmente o exercício do mandato, porém não retornou ao Brasil.

“Qualquer cidadão que possua capacidade e seus direitos políticos, é o que basta para poder concorrer. Como seria feita a campanha, são outros quinhentos. Talvez, a primeira campanha virtual da história do país, mas, eu acredito que até lá a gente tenha aprovado uma anistia.”

O deputado solicitou à Câmara ofício para obter autorização para exercer seu mandato parlamentar remotamente dos Estados Unidos. No documento, o congressista alegou estar impedido de retornar ao Brasil devido a uma suposta perseguição política.

Agora, cabe ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), decidir sobre o tema e lidar com as “consequências”.

É fundamental insistir para que se encontre uma solução. A solução tecnológica já existe. Eu consigo exercer o meu mandato [à distância], consigo fazer participações nas comissões, afirmou.

Sanções dos Estados Unidos

No STF (Supremo Tribunal Federal), Eduardo Bolsonaro é alvo de inquérito que apura possível prática de crime contra a soberania nacional por articular-se contra o Judiciário brasileiro e em favor de sanções contra o país.

O deputado afirmou que sua proposta inicial, direcionada ao presidente americano Donald Trump, visava impor sanções específicas a Alexandre de Moraes, ministro do STF. A partir de 6 de agosto, os Estados Unidos passaram a aplicar um imposto adicional de 50% sobre produtos brasileiros.

Ele [Trump] decidiu implementar as tarifas. Confio no presidente Trump, acredito que ele possui maior experiência nesse aspecto e compreendeu que havia um suporte financeiro que beneficiava o governo, optando por iniciar as pressões a partir desse ponto.

Conselho de Ética

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assegurou a necessidade de destituição do mandato de Eduardo.

Lula afirmou em entrevista que Eduardo Bolsonaro não pode exercer o mandato, tendo já conversado com o presidente Hugo Motta e diversos deputados, ressaltando a extrema necessidade de cassá-lo, considerando-o o maior traidor da história do país.

Em 15 de agosto, o presidente da Câmara encaminhou quatro representações ao Conselho de Ética contra Eduardo Bolsonaro. Três ações foram apresentadas pelo PT e uma pelo PSOL por quebra de decoro. As representações solicitam a investigação e a possível punição do deputado, inclusive com cassação do mandato.

O parlamentar é acusado de conspirar contra o Poder Judiciário brasileiro nos Estados Unidos e de apoiar sanções contra o país. As investigações visam uma retaliação ao processo do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.

Fonte por: CNN Brasil