Eduardo afirma ter colaborado em auxílio de Trump; Boulos considera crime de lesa-pátria

Deputados discutiram o respaldo do presidente dos Estados Unidos ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

07/07/2025 21:25

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Eduardo afirma ter colaborado em auxílio de Trump; Boulos considera crime de lesa-pátria
(Imagem de reprodução da internet).

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) discutiram na segunda-feira (7), no programa CNN Arena, o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Trump defendeu Bolsonaro em sua rede social, a Truth Social. O republicano afirmou que o ex-presidente brasileiro está sofrendo um ataque político como aconteceu com ele.

Assistirei de perto o processo judicial contra Jair Bolsonaro, de sua família e de muitos de seus apoiadores, e considero que a única instância decisiva é a eleição para o Brasil. Deixem Bolsonaro em paz!

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O deputado Eduardo declarou que as ações da oposição correspondem a uma afirmação de que os Estados Unidos são uma organização criminosa.

Eduardo também ressaltou que a declaração de Trump não se limita a defender Bolsonaro, mas também versa sobre a perseguição enfrentada por todos os seus apoiadores.

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O que se pretende com as sanções a Alexandre de Moraes é restabelecer a democracia brasileira. Não se pode afirmar que se vive em um regime democrático, quando sequer os deputados não têm a certeza de que o que votaram e aprovaram não será revertido no dia seguinte pelo STF (Supremo Tribunal Federal), declarou Eduardo.

Eduardo afirmou que suas ações nos Estados Unidos podem ter influenciado o apoio de Donald Trump a Jair Bolsonaro.

Espero que essa declaração do Trump tenha um efeito positivo. É provável que, nos próximos dias, o Brasil possa enfrentar uma sanção contra Moraes. É o que sempre procurei aqui nos EUA, já que no Brasil não existem ferramentas.

Já para Boulos, Donald Trump “é conhecido por ser um bravateiro: um dia impõe taxas, no outro as suspende”.

“O Brasil não é quintal dos Estados Unidos. Os EUA não são instância final de recurso, nem para o Brasil, nem para lugar nenhum do mundo. É uma vergonha”, afirmou Boulos durante o CNN Arena.

Boulos acusa Eduardo Bolsonaro de conspirar contra o país em viagens ao exterior. “Crime de lesa-pátria”.

Você vai aos Estados Unidos conspirar contra o Brasil. Afirma ser patriota, mas solicita que Donald Trump imponha sanções contra seu próprio país. Isso é crime de lesa-pátria, previsto na Constituição. Vocês são patriotas da Shopee. Devem responder por isso, enfatizou Boulos.

Trump e Bolsonaro

O presidente dos EUA, em publicação na Truth Social, não menciona diretamente as ações judiciais contra Jair Bolsonaro, mas fala em perseguição e reafirma a inocência do ex-presidente.

Ele tem testemunhado, assim como o mundo, que eles não fizeram senão o seguiram, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano. Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo.

Bolsonaro está réu na ação penal do STF que investiga um plano de golpe após as eleições de 2022. Ele é acusado por cinco crimes, entre eles organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e golpe de Estado.

O ex-presidente pode ser sentenciado a até 39 anos de reclusão, conforme opiniões de especialistas citados pela CNN antes do processo.

Trump também declara ter conhecido Bolsonaro e reconhece que ele foi um líder forte e um bom negociador. Os dois já trocam elogios desde as eleições de 2018.

Em maio, o ex-presidente teve um encontro com o conselheiro sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita. Posteriormente, Bolsonaro declarou que Trump acompanha os acontecimentos no Brasil, incluindo as ações do STF.

Bolsonaro está inelegível até 2030 após julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. A razão é a realização de uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, em que o então presidente atacou, sem provas, o sistema eleitoral.

O TSE julgou novamente Bolsonaro inelegibilidade, por prática de abuso de poder político e econômico nas cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, período eleitoral.

Sob a supervisão de Douglas Porto.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.