O período de licença de 120 dias do parlamentar termina no domingo (20); Proposta de Lei define estratégia para modificar o regimento da Câmara e possib…
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que não tem intenção de renunciar ao mandato, após o término da licença parlamentar de 120 dias, previsto para domingo (20).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Não farei nenhuma renúncia. Assim, se eu desejar, posso manter meu mandato pelo menos até os próximos três meses”, declarou.
Com o fim da licença, Eduardo incorrerá em acúmulo de faltas não justificadas se não retornar ao Brasil. Para não perder o mandato, o parlamentar não pode faltar mais de um terço das sessões do plenário da Câmara.
O Congresso Nacional retomará suas atividades legislativas em 4 de agosto, após o período de recesso.
O presidente do PL na Câmara, deputado Sônia Cavalcante (PL-RJ), elabora uma estratégia para alterar o regimento interno da Casa, possibilitando a renovação do licenciamento parlamentar de 120 dias para questões pessoais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Vamos trabalhar para o Eduardo manter o mandato após a volta do recesso”, declarou Sóstenes à CNN.
Após a solicitação de licença do filho do ex-presidente, a Câmara convocou o suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) para ocupar a vaga em 21 de março.
José Olímpio Silveira Moraes, formado pela Faculdade de Direito de Itapetininga, no interior de São Paulo, é um político associado à Igreja Mundial do Poder de Deus.
O parlamentar manifesta em suas redes sociais sua luta “pelos valores cristãos e familiares”.
Após Eduardo sinalizar que não retornaria ao Brasil, José Olímpio afirma que, caso assuma o mandato de forma definitiva, dará continuidade aos trabalhos do filho de Jair Bolsonaro, uma vez que “as pautas” entre eles “são as mesmas”.
Declarou que mantém uma relação de proximidade com a família Bolsonaro e que deve continuar essa colaboração.
Na última semana, Eduardo Bolsonaro declarou à CNN que estaria disposto a “sacrificar” seu mandato para trabalhar para o povo brasileiro dos Estados Unidos. “Não vejo clima para retornar ao Brasil e ser preso”, afirmou.
Antes da fala do parlamentar, a CNN ouviu integrantes do círculo próximo do filho do ex-presidente, que já sustentavam que a decisão era de que o momento não era o mais oportuno para o retorno do deputado ao Brasil.
Após a colocação da tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com Eduardo Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, o ex-presidente afirmou que acredita que Eduardo não deve retornar ao país.
Ele será preso se retornar, afirmou o ex-presidente.
O ex-chefe do Executivo afirmou que Eduardo provavelmente se tornará um cidadão americano. É um jovem inteligente, fala inglês muito bem, fala espanhol, domina o árabe, tem um bom relacionamento com o governo americano e acredito que ele vai buscar alternativas para se tornar um cidadão americano. E não volta mais para cá enquanto Alexandre de Moraes tiver poder de prender quem ele bem entender, disse Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), obteve 741.701 votos em São Paulo nas eleições de 2022, ficando atrás de Guilherme Boulos (PSOL) e Carla Zambelli (PL), conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.