O recém-eleito presidente do PT, Edinho Silva, afirmou na segunda-feira (7.jul.2025) que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), foi “a maior dirigente da história” do partido, inclusive durante seu “pior momento”.

Edinho, de 60 anos, ex-prefeito de Araraquara e representante da corrente majoritária CNB (Construindo um Novo Brasil), obteve a vitória na disputa interna petista no domingo (6.jul.2025) com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Edinho afirmou que “A Gleisi Hoffmann, na minha visão, foi a maior dirigente da história do PT. Ela dirigiu no pior momento da nossa história. Ela coesionou uma direção que soube enfrentar esse momento difícil. Cada um tem seu estilo, uma história, mas houve uma construção coletiva”.

Gleisi liderou o PT entre 2017 e 2025, período pós-impeachment de Dilma Rousseff e durante a prisão de Lula por 580 dias na Operação Lava Jato. Gleisi transferiu a liderança para Humberto Costa temporariamente, para ocupar um cargo na Esplanada dos Ministérios em março.

Edinho exerceu mandatos como prefeito de Araraquara em dois períodos: de 2001 a 2008 e de 2017 a 2024. Ele também atuou como ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social) no governo Dilma.

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Em meados de 2024, Edinho proferiu críticas contundentes à Gleisi. Segundo ele, a então presidente do PT deveria ter se abstenido de assinar um manifesto que criticava o pacote de cortes de gastos em elaboração pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sob a orientação de Lula.

O ideal seria que a discussão tivesse sido totalmente resolvida internamente. Não acredito que a Gleisi precise desistir de suas convicções, mas não pode enfraquecer o ministro da Fazenda. Isso seria tirar força do próprio governo.

Em relação ao antigo desentendimento com Gleisi, Edinho afirmou na segunda-feira (7.jul) que cada um tem sua maneira, porém os princípios do partido permanecem os mesmos, independentemente da administração.

O novo líder do partido tem como foco primordial a articulação dos filiados do PT em 2026, com ênfase na busca pela reeleição de Lula para um possível quarto período. Em entrevista à publicação Poder360, realizada em 28 de junho, ele manifestou confiança na candidatura do presidente.

É evidente que o Brasil deve consolidar seu espaço, consolidar seu campo junto aos parceiros históricos. Naturalmente que sim. Contudo, para que a democracia vença mais uma vez, será necessário dialogar com aqueles que não são tão próximos de nós, que não defendem historicamente as mesmas coisas que nós. E claro, sem abrir mão do nosso programa histórico, construído pelos nossos aliados, o que nos trouxe até aqui. Sou plenamente favorável a que esse diálogo se estabeleça.

Fonte por: Poder 360