O mercado financeiro espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa básica de juros em 15% na reunião de terça-feira, 29, e quarta-feira, 30. Caso a previsão seja atendida, a decisão representará uma interrupção de uma série de sete aumentos sucessivos da Selic.

A projeção consta no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira 28, relatório semanal do Banco Central com base em estimativas de economistas do setor privado. Segundo o relatório, a taxa deve permanecer nesse patamar até o fim de 2025, com reduções graduais a partir de 2026.

As projeções apontam para uma redução da taxa Selic para 12,5% em 2026, seguida de 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

A taxa de juros tem apresentado aumentos contínuos desde julho do ano passado. Em 31 de julho, a Selic estava em 10,5%. Em setembro, subiu para 10,75%. Dois meses depois, avançou mais 0,5 ponto percentual. Já em março deste ano, o comitê promoveu três elevações sucessivas de 1 ponto percentual, o que levou a taxa a 14,25%. Em maio, finalmente, a alta foi de 0,5 ponto; em junho, de 0,25 ponto, chegando ao nível atual.

Inflação, PIB e dólar

Apesar da expectativa de manutenção das taxas de juros, o relatório indicou nova revisão na projeção de inflação para 2025. A estimativa do IPCA – considerada a inflação oficial do país – registrou sua décima semana consecutiva de queda, situando-se agora em 5,09%. A redução foi mínima, de 0,01 ponto percentual em relação à projeção anterior, porém ainda insuficiente para atingir a meta.

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A meta oficial de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3%, com uma variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, o limite máximo aceitável é de 4,5%, inferior à projeção corrente.

Além disso, houve revisão para a taxa de câmbio. A expectativa para o dólar ao final deste ano diminuiu de R$ 5,65 para R$ 5,60. No caso do PIB (Produto Interno Bruto), os analistas mantiveram a projeção de crescimento de 2,23% em 2025, enquanto a estimativa para 2026 foi ajustada levemente de 1,88% para 1,89%.

Fonte por: Carta Capital