Economista Galípolo avalia que há cenário de descumprimento da meta de inflação por três anos

O presidente do Banco Central compareceu na manhã de quarta-feira (9) à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

09/07/2025 11:37

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Economista Galípolo avalia que há cenário de descumprimento da meta de inflação por três anos
(Imagem de reprodução da internet).

O presidente do Banco Central comunicou que o Brasil poderá não alcançar a meta do IPCA nos próximos três anos.

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Entre os componentes do IPCA, 72,5% estão acima da meta (3%), 58,8% estão acima do teto da meta (4,5%) e 45,1% estão acima do dobro da meta (6%).

Nós, do Copom, estamos bastante preocupados porque essas previsões indicam que, em seis meses, terei que redigir a segunda carta de descumpramento da meta. Tive que elaborar em janeiro e precisarei, agora, provavelmente, escrever outra no mês seguinte. Desta lógica, passaríamos três anos sem atingir a meta.

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O presidente do BC compareceu na manhã desta quarta-feira (9) à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. O convite respondeu ao pedido dos deputados Florentino Neto (PT-PI), Laura Carneiro (PSD-RJ) e Pauderney Avelino (União-AM).

O Banco Central emprega a taxa básica de juros para estimular ou conter a economia e assegurar que a inflação permaneça em um nível adequado para cidadãos e investidores no Brasil.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a taxa Selic para 15% ao ano. Trata-se do nível mais alto para as taxas de juros básicas do país desde maio de 2006, período em que o colegiado as estabeleceu em 15,25%.

Caso os parâmetros observados pelo BC se confirmem, o Copom prevê o encerramento do ciclo de alta dos juros na reunião de julho, com o objetivo de analisar os impactos e avaliar se o nível atual da taxa de juros é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

O Banco Central passou a descrever o período em que as taxas de juros permanecem altas como “bastante prolongado”.

A meta de inflação estabelecida pelo Comitê Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para cima ou para baixo. Caso a meta não seja atingida, Galípolo deve notificar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para explicar a situação.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.