Economista comenta sobre a tarifa de 50% aplicada pelos EUA ao Brasil
O economista Sergio Vale avalia o impacto da medida e as possíveis retaliações do Brasil, ressaltando a ausência de justificativa econômica para a decisão.
Donald Trump implementou uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros importados para os Estados Unidos, causando apreensão no mercado financeiro e nos setores econômicos do Brasil.
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O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, afirma que a decisão não possui fundamento econômico, visto que os Estados Unidos já possuem superávit comercial com o Brasil. Vale ressalta que o superávit americano com o Brasil está em aproximadamente US$ 1,7 bilhões.
Mobilização política
O economista aponta que a medida possui uma evidente motivação política, o que torna as negociações para reverter a situação mais complexas. “A carta que ele elaborou logo no primeiro parágrafo tem uma inclinação, obviamente, política para essa decisão”, afirma Vale.
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A repercussão imediata pode ser considerável para segmentos como combustíveis, ferro, aço, café, carne bovina, suco de frutas e aeronaves. Projeta-se que o Brasil possa ter uma perda entre US$ 5 e US$ 10 bilhões nas exportações para os Estados Unidos no curto prazo.
Explorar oportunidades em novos mercados
É importante que as empresas brasileiras explorem novos mercados, como a União Europeia e países asiáticos, para atenuar os impactos da situação. Contudo, ressalta-se que essa diversificação não será simples, devido à desaceleração econômica mundial.
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O economista também aponta a chance de retaliação por parte do governo brasileiro, o que poderia gerar pressões inflacionárias no país, impactando sobretudo produtos industrializados e derivados de petróleo importados dos Estados Unidos.
A Vale conclui que, mesmo com negociações para diminuir a tarifa, é improvável que a situação retorne ao normal no curto prazo, gerando um cenário de incerteza para os exportadores brasileiros nos próximos anos.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.
