A economia global mostra resiliência em 2025, mas enfrenta desafios como barreiras comerciais e incertezas políticas, alerta a OCDE em seu relatório.
A economia global demonstrou uma resiliência maior do que o previsto neste ano, mas ainda enfrenta fragilidades subjacentes. Isso se deve ao aumento das barreiras comerciais e à incerteza política significativa, conforme aponta a versão preliminar do relatório de Perspectivas Econômicas da OCDE, divulgada nesta terça-feira (2).
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O relatório destaca que os efeitos das tarifas mais altas ainda não foram totalmente sentidos, mas já começam a se tornar mais evidentes, especialmente nos Estados Unidos. O crescimento do comércio global desacelerou após um forte início de ano, antes das elevações tarifárias, e a inflação ainda não atingiu as metas em diversos países.
Além disso, há indícios de uma demanda por trabalho em declínio entre as economias.
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Por outro lado, a OCDE ressalta que políticas macroeconômicas de apoio e condições financeiras melhoradas, impulsionadas pelo otimismo em relação a novas tecnologias, têm ajudado a sustentar a demanda em diferentes graus. O investimento e o comércio facilitados pela inteligência artificial (IA) também contribuíram para amortecer os impactos da incerteza política e das barreiras comerciais crescentes.
Como resultado, a organização manteve suas projeções de crescimento do PIB global, prevendo uma desaceleração de 3,3% em 2024 para 3,2% em 2025 e 2,9% em 2026, com uma leve recuperação para 3,1% em 2027. A OCDE espera que a inflação retorne gradualmente à meta na maioria das principais economias até meados de 2027, além de uma redução nas taxas de juros.
A perspectiva econômica, no entanto, continua “frágil”, especialmente devido às barreiras em torno de insumos críticos, que podem prejudicar as cadeias de suprimentos e a produção global. A organização também alerta que as altas avaliações de ativos, baseadas em expectativas otimistas de lucros corporativos impulsionados pela IA, podem representar riscos de correções abruptas de preços.
Além disso, vulnerabilidades fiscais podem elevar os rendimentos soberanos de longo prazo, o que pode apertar as condições financeiras e impactar negativamente o crescimento econômico.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.