O desempenho econômico da zona do euro no segundo trimestre superou as previsões, indicando que as empresas estão se ajustando à incerteza comercial e diminuindo a probabilidade de novos reduções nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu para impulsionar o bloco.
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O Produto Interno Bruto das 20 nações que compartilham o euro apresentou crescimento de 0,1% no trimestre, em relação aos três meses anteriores, em contraste com as previsões de estabilidade, pois Espanha, França e Irlanda mantiveram um desempenho superior às expectativas, enquanto a Alemanha e a Itália registraram fraqueza, de acordo com dados do Eurostat divulgados nesta quarta-feira (30).
Em comparação com o segundo trimestre do ano anterior, a economia do bloco apresentou um crescimento de 1,4%, superando as previsões de 1,2%.
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Apesar dos dados mostrarem uma desaceleração significativa em relação à expansão de 0,6% no primeiro trimestre, esse número foi influenciado pelas empresas norte-americanas que realizaram importações antecipadas em decorrência das novas tarifas e não representou a força econômica real.
Contudo, nos primeiros dois trimestres, observa-se resiliência, sustentada pelos dados mais recentes do PMI, que indicaram um aumento na atividade empresarial mais rápido do que o esperado, em virtude de uma melhora consistente nos serviços e da recuperação contínua da indústria.
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A Espanha manteve o bom desempenho, com aumento de 0,7% no trimestre, ao passo que o crescimento francês de 0,3% também superou a média. A Itália e a Alemanha registraram uma contração de 0,1%, conforme os dados divulgados pelo Eurostat.
Os Estados Unidos também firmaram um acordo comercial com a União Europeia, diminuindo ainda mais a incerteza e elevando as perspectivas de crescimento, notadamente devido à assinatura de acordos comerciais com outras grandes potências, como Japão e Reino Unido.
Apesar desses acordos implicarem tarifas elevadas, que poderiam, em última análise, diminuir o crescimento da zona do euro em 0,2 a 0,4 pontos percentuais ao ano, conforme estimativas de economistas, esse impacto já foi levado em conta na maioria das projeções.
Fonte por: CNN Brasil