É complicado alcançar o sucesso na vida se você se opõe ao seu pai

Entenda os motivos que levam à rejeição do pai e como recuperar os laços e consolidar seu caminho de vida.

04/08/2025 17:29

6 min de leitura

É complicado alcançar o sucesso na vida se você se opõe ao seu pai
(Imagem de reprodução da internet).

É extremamente difícil alcançar o sucesso na vida quando, de maneira consciente ou inconsciente, se rejeita o pai. Essa recusa pode se manifestar por ressentimento, raiva, negação ou até mesmo pelo desconhecimento da influência paterna — mas seus efeitos se fazem sentir em várias áreas da vida.

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Em um dos meus grupos terapêuticos, três indivíduos com idades distintas perceberam a mesma revelação no mesmo período: “meu pai, aquele que me criou e com quem convivi durante toda a vida, não é meu pai biológico”.

Após a divulgação da notícia, intensificaram-se os conflitos internos: negação do progenitor biológico, revolta contra a mãe e uma profunda sensação de vazio.

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Quando a paternidade é omitida — seja em casos de adoção, relações extraconjugais ou dúvidas de filiação — o que mais importa não é a origem em si, mas a violação do direito de pertencimento.

O que significa pertencer à própria história?

Sob a perspectiva sistêmica, o pertencimento é uma força essencial que assegura ordem e equilíbrio nos vínculos humanos, notadamente no âmbito familiar.

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Essa abordagem considera que todos os indivíduos possuem o direito de pertencer e ocupam uma posição singular no sistema familiar.

A eliminação ou negação do pai causa desorganização interna. A pessoa pode se sentir perdida, desconectada ou sem propósito, devido ao desequilíbrio com sua própria origem.

O que ocorre quando o indivíduo descarta o genitor?

Há uma noção amplamente aceita de que “pai é quem cria”. Nesta crença está inserida uma perigosa exclusão. Afinal, qual é a condição para que um homem se torne pai?

Sob a perspectiva da existência, é suficiente conceber uma vida. O lugar e a função de um pai no sistema familiar, portanto, ninguém pode substituir ou negar.

Ao remover alguém de nossa alma e consciência, seja por medo, condenação ou esquecimento, existem consequências terríveis.

A percepção coletiva do sistema familiar provoca uma pressão por reparação ou expiação, frequentemente levando um membro de uma geração subsequente a reviver o destino do excluído, para que os demais o observem.

Um neto pode vivenciar de forma não consciente os conflitos de um avô que foi marginalizado por ter tido um filho ilegítimo. Esse neto pode se sentir desorientado, derrotado ou deslocado, sem compreender o motivo.

Quais são as implicações ao recusar o pai?

Qual a importância de receber apoio paterno para alcançar o sucesso na vida?

Como se pode conhecer quem se é — e para onde se vai — se ignora sua origem? Na vida, somos metade mãe e metade pai. Não importa como foi a relação, essa metade paterna permanece em nós.

Ao oferecer a vida aos filhos, os pais não podem adicionar nada a ela nem retirá-lo, igualmente, quando os filhos tiram a vida dos pais, não podem acrescentar nada a ela nem recusar algo dela.

É muito difícil alguém ter sucesso na vida se um dos pais não foi aceito, se é rejeitado ou desprezado. A pessoa pode até ter sucesso por um tempo, porque usa a raiva para agir, mas isso não se sustenta no longo prazo.

Sob a perspectiva sistêmica, aceitar o pai e a mãe, ou seja, honrá-los e acolhê-los como são e como poderiam ser, é a condição para se viver a vida que foi concedida. Tal ato representa um sim à vida e ao destino.

Aquele que desconsidera o pai, por exemplo, rejeita a si mesmo e sente-se vazio, sem realização, sem propósito de vida.

Uma publicação compartilhada por Alice Duarte Terapeuta Sistêmica Trauma-informed (@porumavidasemamarras)

Qual a relação com fracasso e repetição de padrões?

A forma como nos relacionamos com nosso pai, atualmente e anteriormente, influenciará posteriormente a maneira como nos relacionamos com:

A remoção de um membro da família, particularmente dos pais, pode resultar em um indivíduo em repetir padrões complexos como uma forma inconsciente de compensação.

Exemplo:

Essa rejeição pode estar na consciência, ou estar oculta na dor, mágoa ou desvalorização da figura paterna. Mas o efeito persiste.

A terapia sistêmica pode oferecer suporte e orientação para indivíduos e grupos, promovendo a compreensão de padrões de relacionamento e buscando soluções para desafios pessoais e familiares.

Para os meus clientes com a identidade do pai desconhecida, a solução foi configurar seus sistemas familiares em um espaço físico, empregando a Constelação Familiar para estabelecer uma espécie de geometria das relações.

Para cada caso, foi selecionada uma pessoa para simbolizar o pai biológico, outra para representar a mãe e outra para o cliente (filho).

Inicialmente, a imagem da exclusão surge, quando os representantes do filho e da mãe se viram de costas para o representante do pai.

Assim, o cliente, observando a situação, tem a opção de considerar o pai e reintegrá-lo ao sistema, apelidando-o de pai e recebendo-o em seu coração.

Aquela situação que antes provocava desconforto, medo e rejeição, pode, por fim, ser aceita da maneira que é. O filho alcança finalmente a paz consigo mesmo, sentindo-se completo e com maior força e entusiasmo para seguir em direção à vida.

Atividade para fortalecer o vínculo com o pai

Se você passou por uma situação como essa, que causou a ausência ou exclusão do seu pai biológico, ou se você está em conflito com seu progenitor, ouça o áudio abaixo.

Permite um exercício sistêmico e fenomenológico para curar essa ligação e restabelecer o fluxo interrompido do amor (independentemente de seu pai estar vivo ou não, e se você o conheceu ou não).

Algumas pessoas encontram satisfação com a prática de exercícios apenas ocasionalmente, enquanto outras preferem realizá-los periodicamente, até atingir a mudança desejada em seu comportamento.

Para quem tem uma abordagem excessivamente racional, sugere-se repetir o exercício, com um intervalo mínimo de um mês, até que a prática envolva o coração e o corpo, não apenas a cabeça.

A prática dessa visualização com imagens internas configura uma constelação que desencadeia um movimento de transformação pessoal. Esse processo ocorre de maneira sutil, no nível energético, e não racional.

Após essa prática, é importante estar recolhido, centrado e presente. Dessa forma, você vai potencializar os benefícios desse exercício.

É importante encontrar um local calmo e silencioso, onde não possa haver interrupções. Em seguida, ligue o áudio e inicie a prática.

Ouça agora:

Fonte por: Personare

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