“É como se o comércio estivesse proibido”, afirma a Abimaq sobre tarifas

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos expressou confiança na anulação da taxa.

14/07/2025 12:57

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“É como se o comércio estivesse proibido”, afirma a Abimaq sobre tarifas
(Imagem de reprodução da internet).

A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) declarou ter confiança na revogação da alíquota de 50% divulgada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para produtos brasileiros exportados para o território americano.

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O presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, teme que o clima político entre Brasil e EUA comprometam a negociação sobre a remoção da tarifa específica para o aço.

A implementação da medida implica o encerramento do comércio interestucional, o que não possui lógica estratégica no conflito comercial entre Estados Unidos e China.

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Velloso acredita que a tendência é que as partes negociem um acordo, de modo que, embora haja o choque com o aumento tarifário, as empresas não estejam em desespero.

A previsão é de negociação, pois não se pode impor uma taxa de 50%. É como afirmar que “está proibido fazer negócio com o Brasil”, visto que o Brasil é obrigado a aplicar a reciprocidade, afirma Velloso.

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Os Estados Unidos representam o principal destino das exportações de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil. Em 2023, as remessas atingiram cerca de US$ 3,5 bilhões. Contudo, as empresas brasileiras importam um volume ainda maior de máquinas dos EUA, no valor de US$ 4,7 bilhões.

Abimaq Avalia a Injustificativa das Tarifas

A Abimaq avalia que não há justificativa para a imposição de tarifas adicionais se o comércio bilateral é vantajoso para os Estados Unidos.

A entidade aponta que, ao longo dos últimos 16 anos, o Brasil registrou um déficit comercial de mais de US$ 88 bilhões com os Estados Unidos, resultante da soma de todos os produtos da pauta.

Para Velloso, além do atrito com um país que os EUA mais vendem do que compram, a tarifa contra o Brasil, que se tornou a maior até então mencionada por carta desde segunda-feira, tem o efeito colateral de favorecer a competitividade dos produtos chineses no mercado americano.

Nesse contexto, considera-se que a medida não tem lógica em relação ao objetivo do presidente americano de reverter o déficit comercial com os chineses: “Não faz sentido”.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.