Duda Salabert e Gilson Marques protagonizam discussão acalorada na Câmara sobre justiça climática

Bate-boca entre Duda Salabert e Gilson Marques na Câmara

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) e o deputado Gilson Marques (Novo) protagonizaram uma discussão acalorada nesta quarta-feira (5) no plenário da Câmara. Durante a votação de um projeto de lei que visa implementar medidas de educação sobre desastres climáticos, Duda criticou o partido Novo, referindo-se a ele como “bolsonarismo de sapatênis”.

A polêmica começou quando o Novo defendeu a exclusão do termo “justiça climática” do texto. Marques argumentou que o conceito é vago e que o projeto permitiria ao governo, por meio das diretrizes do MEC (Ministério da Educação), ensinar o termo nas escolas.

Ele afirmou que isso seria uma forma de aumentar o controle do governo sobre a educação e, consequentemente, sobre os recursos públicos.

Defesa de Duda Salabert

Em resposta, Duda, uma das autoras do projeto, destacou que a proposta visa colocar “a educação no centro das gestões dos desastres climáticos”. Ela expressou seu descontentamento com a tentativa do Novo de retirar o termo do texto, afirmando que “não há justiça social sem justiça climática”.

A deputada também manifestou seu repúdio ao partido, chamando-o de “nanico”.

Leia também:

Lula Foca em Combate ao Crime Organizado e Reforça Ações de Segurança no Brasil

Entidades reagem a cortes de R$ 1,1 bilhão na saúde e R$ 900 milhões na educação em ato no DF

José Múcio Monteiro é convidado a esclarecer ações contra crime organizado na Comissão de Segurança

Após a declaração de Duda, Gilson Marques comentou sobre as escolhas estéticas da deputada, afirmando que ele tem o direito de usar “qualquer calçado” assim como ela usa a roupa que deseja. Essa fala gerou desconforto entre os presentes, especialmente entre os membros da esquerda, que consideraram as declarações de Marques como transfóbicas.

Reação e considerações finais

Duda respondeu às críticas de Marques, ressaltando que a abordagem dele sobre a vestimenta foi uma demonstração de transfobia e misoginia. Ela argumentou que a discussão deveria ser sobre questões éticas e não estéticas, e que a tentativa de retirar o termo “justiça climática” do projeto rebaixava o debate no parlamento.

O embate entre os deputados evidenciou as tensões políticas e sociais presentes na Câmara, refletindo a polarização em torno de temas como justiça climática e educação.