Drones no Brasil promovem o agronegócio e geram milhões
A utilização de equipamentos contribui para a economia de água, assegura a aplicação mais precisa de produtos químicos e possibilita o acompanhamento ma…

O emprego de drones em guerras contemporâneas tem aumentado consistentemente. O confronto entre Rússia e Ucrânia representa a principal evidência disso. No Brasil, contudo, a expansão dessa tecnologia ocorre em outra área: no agronegócio, principal impulsionador da economia nacional.
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A partir de 2021, com a regulamentação do governo, o setor de drones agrícolas tem progredido significativamente. O Ministério da Agricultura e Pecuária projeta que 35 mil drones agrícolas serão utilizados no país.
Esses equipamentos são utilizados para pulverização, irrigação, monitoramento de gado e de propriedades rurais.
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A significativa transformação impulsionada por drones se manifesta no aumento da produtividade e na economia. A utilização da tecnologia já resultou em uma redução de custos substancial para o setor agrícola brasileiro, conforme informado por produtores aos técnicos do governo federal.
Apesar do investimento significativo, auxiliam na economia de água, asseguram a aplicação mais exata de defensivos e fertilizantes e possibilitam o acompanhamento das lavouras de maneira mais eficaz, identificando questões com antecedência, utilizando inteligência artificial em certos casos.
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Em 2024, o mercado global de drones para agricultura e pecuária alcançou aproximadamente R$ 25 bilhões, conforme informações da consultoria Fortune Business Insights.
Na entrevista à CNN, Uellen Colatto, chefe da Divisão de Aviação Agrícola do Ministério da Agricultura, detalhou os benefícios que a tecnologia proporciona ao setor agropecuário brasileiro.
Os drones são utilizados para a semeadura de pastagens, reflorestamento e aplicação de agrotóxicos de maneira mais precisa e eficiente. São equipamentos com grande potencial, uma tendência.
Ela menciona o caso de drones já equipados com tanques de 300 litros, com capacidade semelhante à de um avião agrícola de pequeno porte.
A capacidade dos drones de atingir áreas de difícil acesso constitui outro fator determinante para a produtividade, conforme aponta Uéllen.
Drones podem operar em áreas onde outros equipamentos não conseguem, tais como solos alagados, terrenos inclinados e margens, onde aviões e tratores não são capazes de atuar.
O Brasil, apesar de ser um dos maiores consumidores dessa tecnologia, ainda necessita importar produtos. A produção nacional de drones agrícolas é limitada, sendo a China responsável por aproximadamente 80% do mercado.
Ainda assim, o setor gera empregos no país. A operação dos drones demanda pilotos, assistentes aeroagrícolas remotos e coordenadores de aviação agrícola. Já existem mais de 100 instituições de ensino no Brasil formando especialistas para essa área. Os salários são competitivos e estão acima da média nacional.
Brasil exporta petróleo, café e aeronaves para os Estados Unidos.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.