Drone de US$ 500 causa prejuízo de US$ 7 bilhões à Rússia

Com baixo custo e difícil detecção, o drone foi transportado ilegalmente em contêineres e operado remotamente. Leia no Poder360.

02/06/2025 11:27

2 min de leitura

Drone de US$ 500 causa prejuízo de US$ 7 bilhões à Rússia

Os drones empregados pela Ucrânia na operação contra a Rússia, que eliminaram 41 aeronaves no domingo (1º.jun.2025), tiveram um custo aproximado de US$ 500 (R$ 3.000) cada e foram projetados para aplicações civis. Os aparelhos são utilizados em competições devido à sua habilidade em realizar giros rápidos em alta velocidade.

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Drones FPV (Visão em Primeira Pessoa), controlados em tempo real, foram levados clandestinely ao território russo em caminhões. Estavam disfarçados no teto de contêineres, camuflados com painéis de madeira para evitar detecção. As informações são da Reuters.

A Ucrânia empregou drones FPV para ataques precisos com custo menor. O equipamento apresenta dificuldade de detecção e neutralização. A Agência de Segurança Interna da Ucrânia relata que essa estratégia causou perdas estimadas em aproximadamente US$ 7 bilhões na aviação estratégica russa.

Devido ao baixo custo de produção, o drone FPV pode ser fabricado em grande escala. O alcance desses equipamentos, que têm entre 5 km e 20 km, varia conforme o tamanho, a bateria e a carga útil.

A Ucrânia, por sua vez, desenvolveu versões mais resistentes do drone, como o “Baba Yaga”, um equipamento multirotor capaz de transportar até 15 kg de explosivos e equipado com câmeras térmicas para operações noturnas.

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Desenvolvidos para voos rápidos e manobras ágeis, os drones FPV exibem maior resistência à interceptação por sistemas de defesa aérea. O controle é realizado por operadores em solo, que utilizam fones de ouvido e monitoram imagens transmitidas em tempo real.

Os drones FPV foram escondidos sob o teto de contêineres russos e camuflados entre painéis de madeira para evitar detecção.

Com os drones já instalados, os contêineres foram transportados para áreas próximas de importantes bases aéreas russas, incluindo Murmansk, Irkutsk, Ivanovo, Ryazan e Amur. Permaneceram camuflados até o momento do ataque.

No momento do ataque, um sistema distante ativou a abertura do teto dos contêineres, permitindo a liberação dos drones. Imediatamente após sua saída, eles se dirigiram aos alvos, que compreendiam bombardeiros estratégicos do tipo Tu-95, aeronaves de vigilância A-50 e uma ponte.

O planejamento do ataque foi supervisionado pelo próprio presidente Volodymyr Zelensky, que informou que 117 drones foram utilizados na operação Teia de Aranha, que teve mais de um ano e meio de planejamento.

O governo da Rússia classificou os ataques como terrorismo.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.