Consultores experientes são contratados conforme necessidade para gerenciar mudanças, escolhas estratégicas e iniciativas importantes.
Momentos de transição, aquisições, auditorias ou mudanças de liderança demandam decisões rápidas e de profissionais experientes. No Brasil, observa-se o aumento da contratação temporária de executivos de alto nível – prática conhecida como Senior-as-a-Service.
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Por aqui, esse conceito ainda é pouco explorado. Nos Estados Unidos e na Europa, empresas como a Business Talent Group oferecem esse tipo de solução há anos. Nesses mercados, contam com profissionais com décadas de atuação para liderar projetos temporários com duração média de seis a doze meses.
A principal aplicação do modelo ocorre em fases de transição. Entre os exemplos mais comuns estão a saída de lideranças, fusões e aquisições, captação de investimento ou reestruturação organizacional.
De acordo com Roberto Dranger, sócio-fundador da Ãtina Consulting, o profissional sênior é acionado “quando a empresa precisa tomar decisões difíceis ou não pode se dar ao luxo de errar”.
Diferentemente de consultores convencionais ou gestores temporários, o sênior opera com autonomia, sem a intenção de permanecer. A função consiste em intervir, realizar a tarefa e depois deixar o processo, a estratégia ou a área aprimorados.
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Esse tipo de profissional não compete por espaço com líderes jovens nem afeta a cultura da empresa. Em contrapartida, contribui de maneira discreta para decisões mais técnicas e entregas mais seguras.
Ainda existe resistência nas empresas brasileiras. Diversos executivos relutam em contratar pessoas sem experiência prévia na organização.
“Como um médico é chamado para uma cirurgia de risco: não precisa conhecer o hospital, apenas saber exatamente o que fazer”, afirma.
O modelo Senior-as-a-Service é uma aplicação de inteligência utilizada em situações onde o tempo e o risco demandam precisão. Não se trata de terceirização da liderança, mas sim de uma ferramenta técnica acionada para resolver problemas com eficiência e discernimento.
Ainda que o mercado brasileiro continue a adotar essa abordagem com ressalvas, para empresas em transformação, o aproveitamento ocasional da experiência consolidada pode representar a diferença entre a improvisação e a escolha adequada.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.