Dólar avança 2,3% na semana devido a impostos sobre o Brasil

Presidente dos Estados Unidos definiu alíquota de 50% sobre importações do Brasil; Mercado registra queda no período.

11/07/2025 17:29

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Dólar avança 2,3% na semana devido a impostos sobre o Brasil
(Imagem de reprodução da internet).

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (11.jul.2025) a R$ 5,548. A moeda registrou alta de 0,10% no dia e 2,28% na semana.

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O mercado apresentava queda na fase final da sessão. O principal índice da B3, o Ibovespa, situava-se em 136.127,03 pontos por volta das 16h40. Havia uma variação descendente de 0,45% no período.

A principal influência sobre o resultado foi o aumento da guerra comercial entre os Estados Unidos, sob a gestão de Donald Trump (Partido Republicano), e o Brasil.

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O presidente dos Estados Unidos estabeleceu uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras na quarta-feira (9.jul). As regras entrarão em vigor em 1º de agosto.

Em retaliação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem adotado uma postura confrontacional em relação aos Estados Unidos.

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Alguns membros do governo do PT adotaram uma postura mais branda. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentou a favor do diálogo com os norte-americanos.

Haddad declarou que será necessário encontrar uma maneira de superar e esquecer o ocorrido, devido ao bom relacionamento entre os dois povos que se admiram.

A tarifa de Trump pode gerar um impacto bilionário. Em 2024, o Brasil exportou para os EUA US$ 40,4 bilhões, representando 12% das exportações totais para os norte-americanos.

Produtos como petróleo e seus derivados lideram a lista de exportações para os Estados Unidos. Representaram pelo menos US$ 7,5 bilhões em 2024, correspondendo a 18,3% do total de exportações para o país.

Acompanhe uma apresentação sobre o assunto (2min8s).

A Power360 realizou uma pesquisa com base nos dados do ComexVis do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

As consequências se estendem além do comércio exterior. A desvalorização da moeda afeta o câmbio, o que pode gerar inflação devido ao aumento dos preços. As importações se tornam mais caras e esse adicional é repassado ao consumidor.

Assim, o Banco Central deverá adotar uma postura mais prudente em relação à taxa de juros, visando controlar os preços através da restrição da demanda.

O Banco Central precisou redigir uma carta justificando a razão pela qual a inflação não atingiu a meta no primeiro semestre do ano. O documento foi divulgado em 10 de julho.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.