Dívida venezuelana com o Brasil atinge valor de R$ 10 bilhões
O país vizinho segue sem pagar suas dívidas desde 2018, totalizando mais de R$ 2,7 bilhões em juros de atraso.

A dívida da Venezuela com o Brasil excede os R$ 10,3 bilhões, segundo dados do Ministério da Fazenda divulgados até 28 de fevereiro de 2025. O país vizinho continua sem pagar desde 2018, totalizando mais de R$ 2,7 bilhões em encargos de atraso.
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Em dois meses, o estoque de dívidas aumentou R$ 960,78 milhões. As informações são da CNN Brasil.
A emissora estima que o passivo total pode ser superior aos valores divulgados, podendo atingir US$ 2,5 bilhões, o que equivale a mais de R$ 13 bilhões.
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A incerteza se refere a transações de crédito destinadas a exportações do Brasil, sobretudo aquelas vinculadas a projetos de infraestrutura na Venezuela.
Cerca de US$ 1,5 bilhão do montante total está relacionado a grandes projetos, incluindo a linha do metrô de Caracas. Os recursos foram assegurados pelo SCE (Seguro de Crédito à Exportação), apoiado pelo FGE (Fundo de Garantia à Exportação).
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O BNDES informou que “todos os recursos foram desembolsados no Brasil, em reais, diretamente aos exportadores”.
O órgão afirma que as prestações não quitadas pelos venezuelanos foram integralmente indenizadas pelo SCE. Segundo o BNDES, o saldo devedor foi transferido à União, sendo a última indenização paga em junho deste ano.
Em fevereiro deste ano, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou um requerimento (íntegra â PDF â 105 kB) ao Ministério da Fazenda, solicitando informações sobre, entre outros aspectos, as medidas concretas adotadas pelo governo brasileiro para assegurar o pagamento da dívida.
O Ministério da Fazenda respondeu em 15 de abril. “Diante da ausência de resposta das contrapartes venezuelanas, o processo de cobrança foi retomado com a cobrança periódica dos valores, incluindo os juros de mora, tanto por meio diplomático quanto por comunicações diretas ao Ministério da Economia venezuelano”, declarou o órgão.
Além disso, também foram relatados atrasos em instituições multilaterais, notadamente o Clube de Paris.
Considera-se que, dado se tratar de dívida soberana, os instrumentos disponíveis são distintos da cobrança contra devedores de natureza privada.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.