Discussão acalorada e gritos caracterizam sessão conturbada na Câmara

Na sessão plenária da Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira (11), parlamentares promoveram uma discussão acalorada, com acusações e gritos entre os presentes.

A sessão durou aproximadamente cinco minutos, com momentos intensos, muitos gritos e ofensas, em meio a uma confusão generalizada no plenário da Câmara, com quase todos os parlamentares em pé no corredor central.

No curso das discussões, o primeiro vice-presidente da Câmara, Altineu Cortés (PL-RJ), que conduzia a sessão naquele momento, buscava acalmar a situação, solicitando respeito aos parlamentares.

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“Deputada, eu nunca gritei com a senhora. A senhora não vai gritar comigo”, disse Cortes a uma parlamentar que participava da confusão. Não foi possível identificar quem era a deputada mencionada.

Confusão

A confusão iniciou-se com a manifestação de parlamentares do PL na tribuna, que criticaram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O deputado Ivan Valente (Psol-SP) solicitou a palavra e declarou que as críticas às políticas econômicas do governo constituem uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção do processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado e que tramita no Supremo Tribunal Federal, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como principal réu.

em seguida, o deputado José Medeiros (PL-MT) censurou Ivan Valente sem mencioná-lo explicitamente. Declarou que “a idade não melhora as pessoas” e que existem indivíduos que estão no parlamento há muito tempo, porém, permanecem insignificantes.

“É muito valente no nome, mas não produz nada”, disse Medeiros.

Ivan Valente solicitou, então, a oportunidade de réplica. O presidente da sessão, Altineu Cortés, negou o pedido, alegando que Valente não havia sido devidamente citado.

Cortês seguiu, então, com a votação de um requerimento. Ao pegar a palavra para votar, contudo, deputados de esquerda usavam o tempo de fala para reivindicar o direito de resposta de Valente.

Com isso, parlamentares iniciaram uma confusão generalizada. Alguns chegaram a solicitar o encerramento da sessão, o que não foi atendido pelo vice-presidente.

Após ler as anotações da sessão, Cortes concedeu o direito de resposta a Valente, que declarou que a Câmara se tornou um ambiente de intolerância e ódio. Em seguida, os deputados prosseguiram com a votação da pauta do dia.

Fonte por: CNN Brasil