Diretor da PF Aponta Equívoco na Equiparação de Facções e Terrorismo
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou em depoimento à CPI do Crime Organizado do Senado que a tentativa de equiparar facções criminosas a terrorismo é um mero “erro técnico”. A afirmação surge em meio a críticas e debates sobre o tema, que já havia sido abordado em propostas legislativas, como o PL Antifacção, proposto pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP).
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Rodrigues justificou a distinção entre os dois conceitos, argumentando que “são questões diferentes, com propósitos e meios distintos”. Ele enfatizou que a equiparação entre facções criminosas e o terrorismo, com suas finalidades e métodos distintos, representa um equívoco.
A declaração busca esclarecer a complexidade da relação entre crime organizado e terrorismo.
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Apesar de versões mais recentes do projeto de lei terem retirado o item, a proposta de equiparação ainda é defendida por opositores do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O debate ganhou força após a megaoperação realizada no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortos em 28 de outubro.
Na ocasião, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), classificou o Comando Vermelho como “narcoterrorista”.
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Outro potencial candidato à presidência em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também se manifestou a favor da equiparação. O governo Lula, por outro lado, mantém a posição de que facções criminosas não se enquadram na definição de terrorismo, devido à ausência de uma causa política por trás de suas ações.
Existe uma preocupação em relação a possíveis brechas que essa equiparação poderia abrir, permitindo intervenções de outros países sob a justificativa de combater o terrorismo. Rodrigues alertou para o impacto potencial na soberania nacional e no sistema econômico brasileiro, caso a equiparação seja implementada.
