A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União realizaram nesta quarta-feira, 17, a prisão de um dos diretores da Agência Nacional de Mineração, Caio Mário Trivellato Seabra Filho. Ele é acusado de participação em uma organização criminosa que, conforme a PF, pratica crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro, com movimentação de mais de 18 bilhões de reais.
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Foram detidas, além de Seabra Filho, outras 19 pessoas. Existe um indivíduo foragido, sendo alvo de dois mandados de prisão.
A investigação da Polícia Federal aponta que a organização criminosa subornou funcionários públicos em diversos órgãos ambientais estaduais e federais, obtendo permissões e licenças ambientais falsas. Dessa forma, a estrutura explorava ilegalmente minério de ferro, operando perto de áreas de proteção ambiental, elevando o risco de acidentes.
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Na operação de hoje, além das prisões preventivas, estão sendo executados aproximadamente 80 mandados de busca e apreensão. Também houve o bloqueio de ativos no valor de 1,5 bilhão de reais.
A lista completa de suspeitos ainda não foi oficialmente divulgada pela Polícia Federal.
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A ANM declarou ter ficado ciente da operação através da mídia. “Até o momento, não houve comunicação oficial da Agência sobre eventuais medidas envolvendo servidores ou dirigentes”, diz o comunicado. A agência reiterou seu compromisso com a legalidade, a transparência e a colaboração com as autoridades, sempre que formalmente demandada.
As investigações indicam que a organização criminosa agiu para impedir as ações policiais e de investigação, inclusive realizando o monitoramento de autoridades.
As pessoas investigadas podem responder por crimes ambientais, desapropriação de bens da União, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e financiamento de organização criminosa.
Fonte por: Carta Capital
