Protestos em São Paulo e Rio contra Projetos de Lei da Anistia e Blindagem
Em atos realizados neste domingo (21), parlamentares de esquerda defenderam que o Congresso Nacional priorize discussões alinhadas com os interesses do governo Lula (PT), em vez de avançar com projetos como o Plano de Anistia e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem.
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Os protestos, que contaram com a presença de 43 mil pessoas em São Paulo e 42 mil no Rio de Janeiro, foram organizados por artistas e outros membros da sociedade civil. A manifestação visa pressionar o Congresso a alterar a direção das discussões legislativas.
Ataques e Pautas do Governo
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), criticou a situação, afirmando que a pressão popular é necessária para que o Congresso adote uma postura mais alinhada com as prioridades do governo. A proposta de anistia e a PEC da Blindagem são consideradas pontos centrais na agenda política.
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A PEC da Blindagem, que visa estabelecer um aval do Legislativo para processos judiciais contra parlamentares, e o PL da Anistia, que busca acelerar o trâmite de casos relacionados ao 8 de Janeiro, são temas de grande debate e controvérsia no momento.
Resistências no Congresso
A PEC da Blindagem enfrenta resistência no Senado, com o relator Alessandro Vieira (PSD-SE) manifestando veementemente sua oposição ao texto aprovado pela Câmara. Já o PL da Anistia, agora sob a relatoria de Paulinho da Força (Solidariedade-SP), busca transformar o projeto em uma ferramenta para diminuir penas de condenados, gerando críticas à direita.
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O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) utilizou a mobilização popular para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta, a cassar o mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Além disso, o petista defendeu o apoio à proposta de zerar o Imposto de Renda.
Reações e Críticas
A direita buscou minimizar as mobilizações, com o pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória Cristo) classificando os atos como “show de artistas para levar gente para a rua”. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) resgatou o contexto histórico da Lei da Anistia de 1979, criticando a situação.
A expectativa é que lideranças governistas se reúnam com o relator da anistia e com representantes do PL, buscando dialogar e tentar avançar com as negociações. A repercussão dos protestos certamente influenciará as próximas decisões no Congresso Nacional.
