Diplomata russo manifesta que a Rússia não deve prorrogar o acordo nuclear com os Estados Unidos

Expiração do tratado prevista em 8 meses e projeto antimísseis Domo Dourado do ex-presidente Trump dificultam as negociações, afirma vice-ministro russo.

06/06/2025 18:47

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Diplomata russo manifesta que a Rússia não deve prorrogar o acordo nuclear com os Estados Unidos

O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, declarou nesta sexta-feira (6.jun.2025) que existem poucas perspectivas de prorrogar o último acordo nuclear com os Estados Unidos. O tratado New Start (Tratado de Redução de Armas Estratégicas) vencerá em 8 meses.

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A declaração foi feita à agência estatal russa Tass. Ryabkov criticou o projeto “Domino de Ouro” de Trump, afirmando que a iniciativa é “profundamente desestabilizadora” e gera obstáculos no controle de armas.

O projeto americano de 175 bilhões de dólares institui uma rede de satélites para interceptar mísseis da China e da Rússia. Trump anunciou a iniciativa em maio, mas condicionou a adesão do Canadá ao plano.

O New Start visa diminuir os testes nucleares e implementar um monitoramento mútuo entre os Estados Unidos e a Rússia. Foi assinado em 2010, no governo de Barack Obama, e permanece em vigor desde 2011. Sua validade seria expirada em 5 de fevereiro de 2021, porém, foi estendido até 2026.

Em 2023, Putin interrompeu a participação russa, porém afirmou que a decisão não implicava a saída definitiva do país do acordo. Atribuiu o apoio aos Estados Unidos à Ucrânia, mantendo os parâmetros de ogivas e mísseis.

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Ainda não houve o restabelecimento do tratado. Caso não seja renovado até 5 de fevereiro de 2026, pode iniciar uma nova corrida armamentista. O cenário é crítico devido à guerra na Ucrânia.

“Não há bases para retomar o New Start”, declarou Ryabkov. “O tratado expira em 8 meses. Discutir a renovação perde o sentido.”

Fonte por: Poder 360

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.