Dinamarca avalia acionar a Otan após ataque com drones

Dinamarca Avalia Invocar Artigo 4 da Otan Após Ataques com Drones

A Dinamarca está avaliando a possibilidade de invocar o Artigo 4 da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) após uma série de ataques com drones que fecharam brevemente dois aeroportos do país e afetaram instalações militares na região da Jutlândia Ocidental durante a noite. O ministro da Defesa dinamarquês, Troels Lund Poulsen, descreveu os ataques como “ataques híbridos” destinados a espalhar o medo, mas não revelou a identidade dos responsáveis. A situação levanta preocupações sobre possíveis ameaças e a escalada de tensões na Europa.

Ameaças e Interrupções

Os ataques com drones impactaram instalações como o aeroporto de Billund e o aeroporto de Aalborg, causando interrupções no tráfego aéreo. Além disso, drones foram observados perto de outros aeroportos, instalações militares e uma base aérea na Jutlândia Ocidental. As autoridades dinamarquesas decidiram não derrubar os drones para evitar maiores interrupções, apesar da preocupação com a segurança. O Artigo 4 da Otan permite que os membros consultem-se sempre que considerem que o território, a independência política ou a segurança de um deles está ameaçado.

O Artigo 4 e a Resposta da Otan

A invocação do Artigo 4 pode levar a discussões no Conselho do Atlântico Norte, que podem resultar em alguma forma de decisão ou ação conjunta. O governo dinamarquês está em diálogo com a Otan sobre essa possibilidade. A Polônia já invocou o Artigo 4 em setembro, após abater drones russos em seu espaço aéreo. A Rússia negou qualquer envolvimento nos ataques à Dinamarca.

O Artigo 5 e o Contexto da Guerra na Ucrânia

Se a Rússia atacasse um Estado-membro da Otan, o foco mudaria para o Artigo 5, que determina que um ataque armado contra um membro da aliança será considerado um ataque contra todos. A Otan foi criada em 1949 para combater a União Soviética durante a Guerra Fria. Embora a Ucrânia não faça parte da Otan, a invasão russa em fevereiro de 2022 gerou preocupações sobre o potencial de contágio para países vizinhos, o que poderia forçar a aliança a responder militarmente. O Artigo 5 já foi ativado uma vez, em resposta aos ataques de 11 de setembro de 2001.

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