O ex-magnata do rap Marion “Suge” Knight, atualmente preso e que por décadas teve uma relação conturbada com Sean “Diddy” Combs, incentivou seu antigo arquirrival a depor em seu julgamento em andamento.

Knight acreditava que Combs deveria “se humanizar”.

“Acredito que, se ele apresentar a verdade, ele seria realmente absolvido”, afirmou Knight. “Se ele disse: ‘Veja… eu consumi todas as drogas, não estava no controle da minha vida na época, nem de mim mesmo’ – ele poderia humanizar seu antigo eu, e o júri poderia lhe dar uma chance.”

“Entretanto, se persistirem em mantê-lo sentado, é como se ele estivesse com medo da verdade”, acrescentou Knight. “Ele deveria apenas ter fé em Deus, levantar as calças e ir lá contar sua verdade.”

Combs afirmou sua inocência das acusações, que abrangem conspiração de extorsão, tráfico sexual e transporte com a intenção de promover a prostituição. Se julgado culpado por todas as acusações, ele pode ser condenado à prisão perpétua.

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Não há ainda definição sobre se Combs prestará depoimento em seu julgamento. Especialistas apontam que a acusação pode ser uma aposta arriscada para os envolvidos, visto que os expõe a um intenso questionamento.

Benjamin Chew, advogado que atuou como co-líder da defesa do ator Johnny Depp em seu julgamento por difamação, declarou à CNN no início desta semana que a orientação padrão é que os réus não testemunhem — mas acrescentou que pode ser benéfico para Combs se defender e demonstrar arrependimento pelas acusações levantadas pela acusação.

O fundador da gravadora Death Row Records, conhecido nos anos 1990 por impulsionar o rap da Costa Oeste, em um cenário dominado por artistas da Costa Leste. Sua rivalidade com Combs se acentuou, com as respectivas gravadoras buscando a liderança, e ambos os grupos trocando provocações públicas e músicas.

A disputa chegou ao ápice com o assassinato de Tupac Shakur e Christopher Wallace, também conhecido como The Notorious B.I.G., por tiroteio, em um curto período de tempo. Knight conduzia o veículo em que Shakur foi morto em Las Vegas, em 1996.

Knight ressurgiu nas manchetes nas últimas semanas durante o julgamento de Combs, quando diversos ex-funcionários mencionaram a rivalidade entre os dois.

Capricorn Clark, ex-assistente pessoal de Combs, relatou que ele a levou uma noite ao Central Park e mencionou seu antigo trabalho na Death Row Records.

Ele informou que desconhecia qualquer ligação minha com Suge Knight, e que, no entanto, me mataria se fosse o caso, relatou Clark.

David James, outro ex-assistente, relatou um incidente em que ele e o segurança de Combs se depararam com Knight em um restaurante. Ao saber do encontro, Combs ordenou que James os retornasse ao local, levando três armas, mas, segundo James, Knight já havia deixado quando chegaram.

Knight foi julgado e sentenciado à prisão em 2018 após admitir a culpa pelo homicídio culposo da morte de um homem, ocorrida quando ele supostamente atropelou o indivíduo com sua caminhonete no set da produção do filme “Straight Outta Compton”.

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Fonte por: CNN Brasil