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Diário do correspondente: minha chegada à Síria pós-guerra

Desde 2020, pude cobrir três regiões em conflito, porém a Síria permanecia um local de destaque por ser a maior crise humanitária que observei, antes de me dedicar à profissão.

Por: Sofia Martins

09/06/2025 23:03

6 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Desde 2011, a Síria se tornou uma das nações mais violentas do mundo. Após a Primavera Árabe, que colocou milhões nas ruas contra governos autoritários no Norte da África e Oriente Médio, conflitos civis se espalharam por toda a região. O regime da família Assad, que completaria 40 anos, transformou-se em alvo de manifestações pacíficas, que evoluíram para grupos rebeldes armados, e a crise econômica do país permitiu que potências estrangeiras e organizações terroristas o utilizassem como cenário de batalha.

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Para quem se interessa por geopolítica e acompanha os noticiários diários, os bombardeios de Alepo, as execuções brutais do Estado Islâmico e a crise dos refugiados sírios na Europa se tornaram imagens constantes da década de 2010. Essa dura realidade, observada através da televisão, sempre despertou minha curiosidade jornalística em relatar os acontecimentos em zonas de conflito. Conseguir contar a história daqueles que não têm voz e dar um rosto a quem é tratado meramente como número pelas manchetes é o chamado dos correspondentes de guerra. Desde 2020, pude cobrir três regiões em conflito, mas a Síria sempre se destacava como o local mais impactante, devido à tragédia humanitária mais acompanhada enquanto espectador, antes mesmo de iniciar a profissão.

Os últimos dias de 2024 foram surpreendentes para todos que imaginavam que Bashar al-Assad tinha conseguido assegurar seu controle nos grandes centros urbanos na Síria. De fato, o antigo ditador tinha o domínio territorial de Damasco, Homs, Aleppo e Latakia, mas os pilares sustentadores de seu exército começaram a ruir em Moscou e Beirute. O apoio aéreo da Rússia foi fundamental para a retomada de muitas cidades por parte do governo sírio durante os anos de 2014 em diante.

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A aliança de Assad com o Hezbollah lhe conferia vantagem estratégica e numérica em diversas regiões do país contra os vários grupos armados rebeldes. Os altos custos para o Kremlin em sua campanha na Ucrânia transformaram a Síria, outrora uma prioridade na política externa russa, em um gasto inviável em tempos de guerra. Da mesma forma, os fundamentalistas libaneses do Hezbollah, em seu mais recente conflito com Israel, perderam não apenas suas principais lideranças, mas também uma parte significativa de seu equipamento militar.

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Assad, sem proteção adequada, apresentava-se como extremamente vulnerável. Com forte apoio da Turquia, também receberam auxílio fundamentalistas do grupo HTS (Hay’at Tahrir al-Sham), que lançaram um ataque surpresa a partir de Idlib, conquistando Aleppo, controlando a principal rodovia norte-sul até Hama e, em seguida, avançando até Damasco. A resistência das forças de Assad foi comparável à coragem do antigo ditador, que em poucas horas já estava fugindo para a Rússia. Inicialmente, a liderança de um grupo radical islâmico gerou grande preocupação na comunidade internacional, que se opunha a Bashar al-Assad, temendo mais um governo teocrático islâmico, semelhante ao Irã ou ao Afeganistão.

Mohammad al-Julani, ex-terrorista, renunciou ao apelido e aos uniformes militares, vestiu terno e gravata e se apresentou ao mundo como Ahmed al-Sharaa, o presidente interino da Síria em transição. Sua tentativa de dialogar com antigos inimigos da Síria, incluindo os Estados Unidos, demonstrou boa vontade inicial, mas, diante da grande instabilidade das nações do Oriente Médio, pode ser prematuro confirmar suas intenções.

A brusca queda da Síria esteve associada a significativas transformações. Anteriormente, visitar o país não era tão fácil para um turista comum, mas particularmente complexo para um jornalista ou correspondente internacional. A pretensa infalibilidade de Assad, defendida por suas forças militares, transformava o trabalho de qualquer membro da imprensa ocidental em uma tarefa árdua em tempos de guerra civil. Por muito tempo, exatamente por essas razões, o antigo desejo de percorrer o país adormeceu. No entanto, em mais uma manobra inesperada, mas coerente com a busca por demonstrar moderação, o novo governo interino aboliu a necessidade de vistos para dezenas de nações, incluindo para os cidadãos brasileiros.

A atuação em áreas de conflito é composta por janelas de oportunidades. Quando uma região marcada por violência e guerra civil passa por um processo de pacificação inesperado, a oportunidade se apresenta e os interessados não podem deixar de aproveitá-la. Exatamente isso fiz, utilizando nosso microfone vermelho e azul e atravessando a fronteira terrestre entre Jordânia e Síria após 13 anos de guerra.

As novas bandeiras verdes, brancas e pretas com três estrelas vermelhas já dão as boas-vindas aos visitantes, enquanto o posto de controle fronteiriço apenas corrobora que um governo de transição recém-empossado está em Damasco. Homens não uniformizados, com calças jeans, camisetas e bonés, fazem o controle dos passaportes de maneira improvisada, mas com boa vontade. Eu trajava a mesma idêntica e poderia facilmente ser confundido com um deles. Sem muitas perguntas, sem grandes trâmites burocráticos recebi o carimbo no meu passaporte e entrei em um dos países mais antigos do mundo, mas conhecido pelas piores razões nos anos recentes.

No horizonte, a aridez característica da região se unia à felicidade dos passageiros do Ônibus, muitos dos quais eram sírios e retornavam, pela primeira vez em quase uma década, à sua terra natal. A incerteza se manifestava nas previsões de todos os especialistas, porém, o otimismo dos presentes era notório. A chegada foi mais modesta do que o previsto, representando apenas o começo de uma viagem pela história milenar e traumática de uma nação tão fascinante.

Fonte por: Jovem Pan

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Bashar al-AssadGuerra CivilSíria
Foto do Sofia Martins

Autor(a):

Sofia Martins

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.

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