Diana Loginova: Musicista russa enfrenta prisão por canções críticas ao Kremlin e censura crescente

Diana Loginova, jovem musicista russa, enfrenta prisão por canções anti-Kremlin. Seu caso revela a censura e a luta por liberdade de expressão na Rússia.

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(Imagem de reprodução da internet).

Musicista russa enfrenta prisão por canções anti-Kremlin

Uma musicista de rua da Rússia passou quase um mês detida após interpretar músicas críticas ao Kremlin. Na terça-feira (11), sua pena foi aumentada. Ativistas de direitos humanos destacam que o caso evidencia a censura em tempos de guerra no país.

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Diana Loginova, de 18 anos, integrante do grupo Stoptime, foi presa em sua cidade natal, São Petersburgo, no mês passado. Ela realizou uma série de apresentações improvisadas nas ruas, onde cantou versões de músicas de críticos do governo, com letras que, em alguns casos, eram sutilmente anti-guerra e, em outros, anti-Putin.

Impacto das apresentações de Loginova

As performances de Loginova inspiraram outros jovens a se juntarem a ela, resultando em um rápido crescimento de mais de 50 mil seguidores nas redes sociais. Ela já havia sido detida duas vezes após vídeos de suas apresentações se tornarem virais, chamando a atenção das autoridades.

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A cantora, que se apresenta sob o nome artístico de Naoko, foi inicialmente condenada a 13 dias de prisão por perturbação da ordem pública. Sua detenção foi motivada pela interpretação de uma música proibida chamada “Cooperativa Swan Lake”, do rapper exilado e crítico do Kremlin, Noize MC.

Novas penalidades e declarações da Anistia Internacional

Loginova enfrentou mais problemas devido à canção “Você é um Soldado”, da artista Monetochka, também exilada e considerada uma “agente estrangeira”. Essa música resultou em uma multa de 30.000 rublos por desacreditar o Exército, além de mais 13 dias de prisão por “vandalismo menor”.

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Na terça-feira, ela recebeu mais 13 dias de detenção, totalizando sua terceira sentença consecutiva.

Alexander Orlov, guitarrista da banda e noivo de Loginova, também foi condenado a 13 dias de prisão pelo mesmo tribunal. A Anistia Internacional denunciou que Loginova e seus colegas de banda estão sendo submetidos a “prisões em série”, uma prática que prolonga a detenção sem acusações formais.

Denis Krivosheev, vice-diretor da Anistia Internacional para a Europa Oriental, afirmou que o único “crime” deles é cantar músicas que desafiam a narrativa oficial.

Os registros judiciais indicam que Loginova enfrenta novas acusações por desacreditar o Exército, o que pode resultar em outra multa. Irina, mãe da artista, declarou a repórteres que acredita que sua filha e os colegas de banda não cometeram nenhum erro e não compreende a atenção que seus shows atraíram das autoridades e da mídia.

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.

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