Devemos nos preocupar com a peste pneumônica e o caso recente nos EUA?

Bactéria que causou a Peste Negra provoca preocupação após caso confirmado no Arizona.

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(Imagem de reprodução da internet).

Na última sexta-feira (11), as autoridades sanitárias do Arizona, nos Estados Unidos, confirmaram o falecimento de um residente por peste pneumônica, uma infecção rara e grave causada pela bactéria Yersinia pestis – a mesma responsável pela Peste Negra, considerada a maior pandemia da história. Na Idade Média, a doença matou aproximadamente um terço da população europeia.

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Ocorrem, em situações incomuns, porém acompanhados no Brasil e no mundo.

Nos Estados Unidos, é uma infecção incomum que, segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças, afeta aproximadamente sete indivíduos por ano. No Brasil, o último registro foi em 2005, no município de Pedra Branca, no Ceará. Atualmente, há duas áreas consideradas focos naturais da doença: uma na região Nordeste (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia) e outra em Teresópolis, no Rio de Janeiro.

Qual é a Peste Negra e como ela se relaciona com a peste pneumônica?

A Peste Negra designa-se pela forma bubônica da infecção, que recebeu esse nome em razão das bolhas escuras que surgiam na pele. A peste bubônica é uma zoonose — ou seja, uma doença infecciosa transmitida de animais para seres humanos. A bactéria Yersinia pestis persiste no ambiente por meio de um ciclo que envolve solo contaminado, roedores (escavadores e não escavadores), com diferentes níveis de suscetibilidade, e pulgas associadas a esses animais.

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A transmissão para o ser humano pode ocorrer por picadas de pulgas contaminadas (forma mais comum), arranhões ou mordidas de gatos infectados, contato com tecidos de animais contaminados, inalação de secreções respiratórias, gotas de humanos infectados, ingestão de alimentos mal cozidos ou exposição em laboratório.

As três formas principais da peste

Tratamento e prevenção são fundamentais.

O tratamento da peste é eficaz quando iniciado precocemente com antibióticos. O ideal é iniciar o tratamento nas primeiras 24 horas após o surgimento dos sintomas, o que diminui consideravelmente a taxa de mortalidade – podendo chegar a cerca de 20% mesmo nos casos mais graves.

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A prevenção compreende evitar o contato com roedores selvagens e suas pulgas, além de manter distância de pessoas com suspeita ou diagnóstico de peste pneumônica. Em casos de exposição, o uso de antibióticos profiláticos é indicado.

Dr. André Apanavicius – CRM 111.998 / RQE: 57452 Pneumologista

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

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