Desmistificando a Vacina contra o HPV: Mitos e Verdades Sobre a Proteção Contra o Câncer

Desmistifique a vacina contra o HPV: essencial na luta contra o câncer, ela é segura e eficaz, protegendo meninos e meninas de doenças graves

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(Imagem de reprodução da internet).

Desmistificando a Vacina contra o HPV

A vacina contra o HPV (papilomavírus humano) é uma ferramenta essencial no combate a diversos tipos de câncer. Contudo, muitos mitos e informações errôneas ainda circulam sobre ela. Entre os boatos mais frequentes, destaca-se a ideia de que o imunizante poderia incentivar a atividade sexual precoce ou causar efeitos adversos graves, como infertilidade.

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Esses mitos carecem de respaldo científico e dificultam a adesão à vacinação.

O HPV é responsável por doenças sérias, incluindo câncer de colo do útero, pênis, ânus e orofaringe. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, anualmente, ocorrem 17 mil casos e 7.209 mortes por câncer de colo do útero no Brasil, sendo essa a segunda causa de morte por câncer entre mulheres no país.

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O câncer de pênis, por sua vez, é mais prevalente nas regiões Norte e Nordeste, conforme informações do Ministério da Saúde.

Vacinação no Brasil

No Brasil, a vacina é oferecida a meninas de 9 a 14 anos e a meninos de 11 a 14 anos, além de grupos prioritários com condições de saúde específicas, como pessoas imunossuprimidas ou vítimas de violência sexual, até 45 anos. Apesar dos dados alarmantes, muitos pais ainda hesitam em vacinar seus filhos devido à desinformação.

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Desmistificando Mitos

A resistência à vacina é alimentada pela falta de informação. O pediatra e gestor médico do Instituto Butantan, Mário Bochembuzio, afirma que “não há evidências científicas que conectem a vacina contra o HPV ao início precoce da atividade sexual.

Na verdade, ela protege contra doenças graves, como o câncer, que podem impactar a vida adulta”.

Outro mito comum é que a vacina poderia causar câncer. “A vacina não apenas previne o câncer, mas também protege contra tipos de HPV associados ao desenvolvimento de cânceres, como o de colo do útero e de pênis”, explica Bochembuzio. O imunizante contém Partículas Semelhantes ao Vírus (VLPs), que não possuem material genético e, portanto, não podem causar infecção ou câncer.

Segurança e Eficácia

Algumas pessoas ainda têm receio de que a vacina cause efeitos colaterais graves, como convulsões ou infertilidade. No entanto, estudos demonstram que esses efeitos são extremamente raros. Segundo Bochembuzio, “não há evidências que sugiram que a vacina cause infertilidade ou reações neurológicas graves.

Pelo contrário, ela previne complicações sérias, como o câncer, que pode afetar a saúde reprodutiva”.

Outro mito comum é o medo de trombose ou coágulos sanguíneos. “Pesquisas em larga escala, como a realizada na Dinamarca com 500 mil mulheres, não encontraram relação entre a vacina contra o HPV e o aumento de trombose”, destaca o médico.

A Importância da Vacinação

Embora muitos acreditem que a vacina contra o HPV seja necessária apenas para mulheres, os homens também devem ser vacinados. O HPV é responsável por cânceres de pênis, ânus e orofaringe, além de verrugas genitais. Um estudo de 2023 publicado na The Lancet Global Health revelou que um em cada três homens acima de 15 anos está infectado com pelo menos um tipo de HPV genital, sendo que muitas dessas infecções são de alto risco.

A vacinação de meninos não apenas protege a saúde desses jovens, mas também ajuda a reduzir a propagação do vírus e o risco de câncer na comunidade. “Vacinar meninos e meninas é uma estratégia coletiva que pode transformar a realidade do câncer associado ao HPV no futuro”, conclui Bochembuzio.

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.

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