Mil pessoas perderam a vida em um deslizamento de terra significativo na área de Darfur, no oeste do Sudão, de acordo com um grupo rebelde que detém o controle da região, que afirmou que restou apenas um sobrevivente.

Um deslizamento de terra maciço e destrutivo atingiu na segunda-feira a comunidade de Tarasin, nas montanhas de Marra, informou o Movimento de Liberação do Sudão (MLS).

Adicionou que “as informações preliminares apontam para a morte de todos os habitantes da vila, estimada em mais de mil indivíduos, com apenas um sobrevivente”.

A avalanche destruiu completamente uma região conhecida pela produção de citrinos.

O grupo solicitou à ONU e a outras organizações apoio na operação de recuperação de cadáveres.

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O Sudão é palco de uma sangrenta guerra civil há três anos entre o Exército oficial e as forças paramilitares Forças de Apoio Rápido (FAR), que mergulhou o país africano em uma das piores crises humanitárias do mundo, com fome em algumas áreas de Darfur.

Em linhas gerais, o MLS mantém-se afastado dos conflitos, embora exerça controle sobre certas regiões montanhosas do país.

O governador de Darfur, Minni Minnawi, aliado do Exército, considerou o deslizamento como uma “tragédia humanitária que ultrapassa os limites da região”.

Solicitamos às organizações humanitárias internacionais que atuem urgentemente e ofereçam apoio e assistência neste momento crítico, pois a situação é mais grave do que nosso povo pode suportar.

A situação de insegurança alimentar.

Grande parte de Darfur permanece inacessível às organizações internacionais de ajuda, incluindo a área do deslizamento, devido aos combates, o que restringe significativamente a entrega de assistência humanitária.

O conflito civil no Sudão iniciou-se em abril de 2023 em razão de uma disputa de poder entre o chefe do Exército, Abdel Fatah al Burhan, e o líder das Forças de Apoio Rápido, seu antigo subordinado Mohamed Hamdan Daglo.

As tropas de Burhan recuperaram, em 2023, o domínio do coração do Sudão, posicionando as FAs em controle de grande parte de Darfur e em áreas do sul de Kordofan.

Dezenas de milhares de pessoas perderam a vida nos confrontos, que também obrigaram ao deslocamento de milhões de sudaneses.

Centenas de pessoas faleceram nos últimos meses devido à intensificação dos ataques da FUNJ no estado de Darfur do Norte.

A guerra destruiu a infraestrutura do país do nordeste africano. Quase 10 milhões de pessoas estão desabrigadas no Sudão e quatro milhões fugiram para países vizinhos, de acordo com a ONU.

Fonte por: Carta Capital