Vazamento de Operação da PF é Atribuído a Desembargador
A Polícia Federal (PF) encontrou uma mensagem que supostamente pertence ao desembargador Macário Judice Neto, do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2). Nela, Judice Neto menciona o vazamento da operação que resultou na prisão do ex-deputado estadual Thiego Santos, conhecido como TH Joias, em setembro.
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O desembargador afirma que “não foi pela Justiça Federal” que as informações foram divulgadas.
Na mensagem, ele sugere que o vazamento pode ter ocorrido por parte da Polícia Civil do Rio de Janeiro e que alertou o superintendente da PF no estado, delegado Fábio Galvão. Judice Neto expressa sua oposição à execução dos mandados em conjunto com a Polícia Civil, afirmando que isso poderia comprometer a operação. “Não faça essa operação em conjunto.
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E fizeram. E tiveram a dificuldade de prender o TH, porque a operação vazou”, escreveu.
Suspeitas de Aviso Prévio e Obstrução das Investigações
Além disso, a PF indicou que, na véspera da operação que levou à prisão de TH Joias, o então presidente da Alerj teria avisado o ex-deputado sobre a ação. A PF conclui que o juiz continua tomando medidas que obstruem o andamento das investigações, embora não tenha especificado quais seriam essas ações.
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Em resposta, a defesa do desembargador enviou uma nota à CNN Brasil, alegando que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, “foi induzido a erro” ao expedir dez mandados de busca e apreensão, além de prisão preventiva. A defesa também destacou que não recebeu cópia da decisão que resultou na prisão, o que impede o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa.
O advogado Fernando Augusto Fernandes afirmou que a defesa apresentará os esclarecimentos necessários nos autos e solicitará a imediata soltura do desembargador.
