Desdobramentos no Caso Master no STF
Os procedimentos no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionados ao caso Master resultaram em um livramento para o diretor do Banco Central (BC). Nesta terça-feira, 30, ocorreram contradições entre banqueiros e a confirmação da acareação. A Polícia Federal (PF) iniciou as oitivas por volta das 14h, começando com Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, seguido por Paulo Henrique Costa, ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), e, por último, Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do BC.
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A delegada da PF, Janaína Palazzo, foi responsável por conduzir as oitivas. Vorcaro foi o primeiro a depor, com um tempo de aproximadamente 2h30. Paulo Henrique Costa foi o segundo a ser ouvido, e, por fim, o diretor do BC. Fontes indicaram que houve discussões sobre o rito do procedimento e a possibilidade de acareação, determinada por Dias Toffoli, entre os envolvidos.
Detalhes das Oitivas e Acareação
Os procedimentos contaram com a presença de um representante do Ministério Público Federal e um juiz auxiliar do gabinete de Toffoli. A delegada recebeu sugestões de perguntas do gabinete, além de elaborar seus próprios questionamentos. O procedimento de acareação, que visa esclarecer contradições, inicialmente previa que Vorcaro, Rocha e Aquino estivessem frente a frente.
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No entanto, o diretor do BC foi dispensado dessa etapa, pois seu depoimento foi considerado esclarecedor.
O depoimento de Ailton de Aquino pode complicar a situação dos banqueiros Vorcaro e Paulo Henrique Costa, que participaram da acareação. Este procedimento durou pouco mais de 30 minutos e envolveu investigações sobre fraudes financeiras bilionárias, relacionadas à criação de uma carteira de crédito falsa para a venda do Banco Master ao BRB.
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Contexto do Caso do Banco Master
As investigações tiveram início em 2024, após solicitação do Ministério Público Federal (MPF) para apurar a criação de carteiras de crédito insubsistentes. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por ativos sem avaliação técnica adequada.
Em 18 de novembro de 2025, o BC decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master e de sua corretora de câmbio, inviabilizando o processo de venda da instituição.
O Banco Master já era alvo de atenção no mercado devido ao seu modelo de negócios arriscado, baseado na emissão de papéis garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) com taxas superiores às do mercado.
