Descubra onde votar no plebiscito sobre o fim da operação 6 × 1 e a taxação dos mais ricos em Minas Gerais

Organizado por movimentos sociais, sindicatos e organizações da sociedade civil, o Plebiscito Popular Por um Brasil Mais Justo teve suas votações iniciadas no último dia 1º. Com o objetivo de mobilizar a população por meio de dois temas centrais, o fim da escala 6×1 e a taxação dos super-ricos, a iniciativa busca potencializar o debate público sobre os assuntos, que têm ganhado grande repercussão nacional.

Em Minas Gerais, o plebiscito possui grande relevância, considerando que o estado é o segundo maior do país em número de trabalhadores. É o que afirma Luanna Ramalho, diretora do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em entrevista ao Brasil de Fato MG.

Minas é o segundo estado com maior número de trabalhadores do país. Assim, experimentamos em primeira mão o que é viver sob uma escala desumana como a 6×1. O plebiscito popular visa justamente dar voz a essa indignação e promover uma grande mobilização. Queremos informar ao Congresso Nacional que não aceitamos mais viver para trabalhar, afirma ele.

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O papel de Minas

Em 2023, realizou-se o Plebiscito Popular em Defesa das Estatais Mineiras, com mais de 300 mil votos, que contribuiu significativamente para a manutenção das empresas públicas do estado, incluindo a Cemig e a Copasa. A grande maioria dos votos, 95%, foi contra a privatização. Atualmente, o plebiscito se expandiu para âmbito nacional, mas Minas mantém um papel fundamental na continuidade dessa luta, conforme explica Luanna.

O estado de Minas Gerais pode e irá desempenhar um papel estratégico na mobilização nacional contra a tabela 6-1 e pela tributação dos super-ricos, afirma.

A votação deve se estender até o dia 7 de setembro. Após esta etapa, os votos serão encaminhados ao presidente Lula (PT), ao Congresso Federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O plebiscito é a ferramenta mais eficaz para demonstrar ao Congresso Nacional que o povo deseja e tem a capacidade de definir seu próprio futuro. Com milhões de votos, asseguraremos que não toleraremos um Congresso que avance a crise em detrimento dos trabalhadores, protegendo os interesses do setor financeiro.

Congresso Nacional

Uma pesquisa da Quaest, divulgada no início deste mês, apontou que 70% dos deputados federais se opõem ao fim da escala 6×1. A proposta foi apresentada pela deputada federal Erika Hilton (Psol) em fevereiro deste ano, o que motivou manifestações de movimentos, organizações e da população contra as posições do Congresso.

“Acredito que este movimento que tem crescido nos últimos dias, o ‘Congresso Inimigo do Povo’, pode ser um mecanismo fundamental para que a gente conquiste esses direitos que nós estamos votando no plebiscito: o fim da escala 6×1, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, a taxação dos super-ricos, isenção do imposto de renda para quem recebe até 5.000 e também a revogação do PL da devastação”, afirma Kívia Costa, militante do Movimento Brasil Popular e coordenadora do plebiscito em Minas, em entrevista ao Brasil de Fato MG.

Assim, o Plebiscito Popular por Um Brasil Mais Justo desempenha o papel de um instrumento de pressão popular muito significativo.

O plebiscito possui a capacidade de ser um importante agitador, um grande mobilizador pelas questões que são tão relevantes para nós. É um instrumento de pressão popular e, sem essa pressão popular, dificilmente conseguiremos alcançar nossos direitos. Os plebiscitos são grandes momentos de exercício da democracia, declara Costa.

Além de ser um instrumento de pressão, o plebiscito popular fomenta a união da classe trabalhadora e se opõe às pautas que a extrema direita tem defendido.

Afirma Kívia Costa que possui uma potência muito grande e vai, inclusive, na contramão do que o governo de Romeu Zema (Novo) tem pautado, do que a extrema direita, como um todo, tem pautado.

Onde votar?

O plebiscito popular está ocorrendo em todo o território nacional e qualquer pessoa pode votar e também se voluntariar para a coleta de votos. Nos estados, existem secretarias estaduais compostas por diversas entidades e movimentos populares. Em Minas Gerais, as urnas para votação estão presentes em diversas localidades, sendo elas:

Belo Horizonte

São João del Rei

Juiz de Fora

Uberlândia

Teófilo Otoni

Passos

Poções de Caldas

Vale do Minas

Divinópolis

Para obter mais informações sobre o Plebiscito Popular por um Brasil Mais Justo, acesse o site através deste link.

Os locais descritos estão sujeitos a modificações. Para consultar o levantamento de urnas em tempo real, acesse a planilha disponível para verificações de endereços e horários através deste link.

Fonte por: Brasil de Fato