A inadimplência no Brasil ultrapassa a marca de 75 milhões; especialista detalha métodos para renegociar dívidas e organizar o orçamento familiar.
De acordo com um novo estudo da Serasa, aproximadamente 75 milhões de brasileiros estão em atraso nos pagamentos. O montante total das dívidas pendentes excede os R$ 437 bilhões. Essa estimativa ressalta a importância de adotar ações para a reestruturação financeira, como negociações, controle de despesas e análise dos padrões de consumo.
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Considerando essa situação, Camila Poltronieri Flaquer, diretora de cobrança digital (B2C) da Recovery, propõe medidas para quem deseja quitar débitos e obter maior segurança financeira. A especialista indica cinco alternativas que auxiliam na compreensão das dívidas, na busca por negociações e na reorganização do orçamento.
Antes de qualquer ação, é necessário conhecer o próprio orçamento. Isso inclui calcular quanto se recebe mensalmente e quanto se gasta, abrangendo despesas fixas e variáveis. A diferença entre receita e despesa indicará se o orçamento está negativo ou com saldo.
Se estiver com dificuldades financeiras, a solução é analisar os gastos e reduzir despesas sempre que possível. Caso haja um excedente, recomenda-se investir parte desse valor, mesmo que em valores pequenos.
Com múltiplos débitos, é fundamental detalhar todas as informações. Isso compreende o nome do credor, valor total, taxas de juros, número de parcelas e saldo devedor. Essa análise possibilita identificar quais dívidas apresentam juros mais altos ou contêm garantias, como imóveis ou veículos.
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Caso não se saiba o valor exato das dívidas, é possível consultar o CPF no Registrato (sistema do Banco Central), além de plataformas como Serasa, SPC ou a própria Recovery. Algumas dessas ferramentas oferecem opções digitais de renegociação com condições diferenciadas.
Analisar as despesas domésticas pode auxiliar no gerenciamento financeiro. Nesse sentido, é necessário dialogar de forma transparente com os membros da família e estabelecer um projeto em comum.
Reduzir gastos com serviços não essenciais – como plataformas de streaming, pedidos por aplicativo ou itens supérfluos – auxilia no direcionamento de mais recursos para o pagamento das dívidas. O engajamento conjunto facilita o cumprimento do planejamento.
A renegociação é um instrumento importante para evitar o aumento da dívida. Em muitos casos, os credores aceitam condições mais favoráveis, com descontos à vista ou parcelamentos de menor valor.
A negociação direta com o credor ou por canais especializados pode possibilitar acordos mais adequados. O recomendado é que as prestações se encaixem no orçamento, sem afetar o pagamento de despesas regulares.
Recomenda-se diminuir o número de cartões em uso e monitorar cuidadosamente seus gastos. O ideal é, sempre que possível, quitar o montante total da fatura dentro do prazo estabelecido.
Evitar pagamentos parcelados não planejados e acompanhar os gastos mensais impede que a dívida se torne difícil de quitar. O controle sobre o cartão diminui o risco de inadimplência e possibilita a recuperação da saúde financeira.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.