Paleontólogos identificaram uma nova espécie de dinossauro com uma característica muito marcante, uma estrutura parecida com uma vela ao longo de seu dorso, informou o Museu de História Natural de Londres na sexta-feira (22).
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Os ossos de Istiorachis macarthurae, nomeados em homenagem à navegadora britânica Ellen MacArthur, foram encontrados na Ilha de Wight, uma pequena ilha próxima à costa sul da Inglaterra, onde viveram há mais de 120 milhões de anos ao lado de outros parentes do Iguanodon — um grupo de dinossauros herbívoros que existiu do período Jurássico Superior ao Cretáceo Inferior.
Os cientistas não têm certeza precisa de por que ele apresentava uma característica tão pronunciada, parecida com uma vela, nas costas, embora acreditem que isso possa ter auxiliado os dinossauros a atrair parceiros e a se identificarem como membros da mesma espécie.
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A espécie, encontrada há cerca de 40 anos, anteriormente se pensava pertencer a uma das duas espécies de iguanodontianos conhecidas por terem vivido na Ilha de Wight.
Ao reexaminar os ossos durante seus estudos de doutorado, o médico aposentado Jeremy Lockwood notou que “estes apresentavam espinhas neurais notavelmente alongadas, o que era bastante raro”.
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A identificação dessa característica distintiva, parecida com uma vela, auxiliou na definição do dinossauro, que possuía aproximadamente 2 metros de altura e pesava cerca de 1.000 quilogramas, como uma nova espécie, declarou Lockwood em um comunicado. Ele publicou suas descobertas no periódico Papers in Palaeontology na quinta-feira (21).
A descoberta de outro iguanodonte na Ilha de Wight indica que essa região era muito variada no Cretáceo Inferior, afirmou. “Tenho certeza de que haverá mais descobertas nos próximos anos”.
O Istiorachis macarthurae existiu em um período em que os dinossauros Iguanodon estavam evoluindo para apresentar ossatura mais elevada.
“Em certa medida, acreditamos que isso se devia à fixação muscular”, declarou Lockwood. “Os iguanodontianos estavam evoluindo de pequenos dinossauros bípedes para animais muito maiores que passavam mais tempo em quatro patas, então eles necessitariam de um suporte muscular mais robusto para suas colunas vertebrais”.
A coluna vertebral de Istiorachis macarthurae é incomum. Lockwood argumenta contra a hipótese de que a vela poderia ter auxiliado o dinossauro na regulação da temperatura corporal, afirmando que uma “vela com muitos vasos sanguíneos seria muito vulnerável a ataques e poderia causar uma perda massiva de sangue se fosse danificada”.
Ele acredita que a sinalização sexual é a explicação mais provável, indicando que a vela cumpriria uma função semelhante à da cauda de um pavão macho.
Quando uma característica é exagerada além de sua função prática em animais vivos, isso invariavelmente se deve à pressão evolutiva para atrair um parceiro. A vela do Istiorachis parece ser mais um exemplo disso, acrescentou.
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Fonte por: CNN Brasil