A Cálidda, desde sua atuação em Lima a partir de 2004, identificou mais de 2.200 sítios arqueológicos como resultado de achados fortuitos.
Operários que executavam uma escavação para a instalação de uma tubulação de gás em Lima , no Peru, identificaram por acaso uma múmia com mais de mil anos de idade. Abaixo das camadas de asfalto e terra sobre as quais foi construída a capital peruana, ainda existem túmulos pré-hispânicos. O achado ocorreu na segunda-feira (16), quando uma equipe de trabalhadores da empresa Cállida, que instalava a rede de gás, encontrou a 50 centímetros de profundidade os primeiros sinais de que estavam próximos de restos humanos, quando surgiu “um tronco de madeira de guarango, que antigamente servia como marcador de túmulos”, declarou o arqueóJesús Bahamonde, coordenador científico da empresa.
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A descoberta ocorreu após escavar até 1,20 metro, quando identificaram um fardo funerário (múmia) de uma cultura pré-hispânica. “Nesse momento pensamos que era uma menina, agora já sabemos que é um menino mais jovem, de entre 10 a 15 anos”, declarou o pesquisador. O corpo “estava em posição sentada, com braços e pernas flexionados, acompanhado de capacete e tudo bem amarrado com cordas”. Ao lado do corpo havia nove objetos de cerâmica, como tigelas, pratos, garrafas e cántaros tricolores com figuras geométricas e figuras humanas de pescadores.
O enterro e os objetos associados refletem um estilo de cultura que se desenvolveu entre os anos 1000 e 1200, afirmou o arqueóda Cálidda. A tumba e as peças pertencem à cultura pré-incaica Chancay, que ocupou grande parte dos vales de Lima entre os séculos XI e XV. Foram descobertas durante a remoção de terra por trabalhadores de gás em uma avenida no distrito de Puente Piedra, no norte de Lima. Na região existia um cemitério que, com o tempo, foi sendo coberto por camadas de terra até desaparecer, segundo os pesquisadores.
Desde 2004, quando a Cálidda iniciou suas operações em Lima, a empresa já registrou mais de 2.200 achados arqueológicos de forma acidental. No Peru, as empresas de serviços públicos devem contratar arqueós quando realizam trabalhos de perfuração do solo, devido à possibilidade de encontrar restos arqueológicos. Em Lima, com 10 milhões de habitantes, há mais de 500 sítios arqueológicos, entre os quais se destacam dezenas de “huacas” ou cemitérios construídos pelos antigos habitantes, principalmente com adobe.
Com informações da AFP Publicado por Sarah Paula
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Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.