Diante de um escândalo de grande magnitude à vista das eleições legislativas, o presidente da Argentina, Javier Milei, registra queda de popularidade, conforme apurado em levantamento da AtlasIntel, em parceria com a Bloomberg, divulgado nesta quinta-feira, 28.
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Uma pesquisa aponta que 51,1% dos argentinos desaprovam o governo do presidente de extrema-direita, contra 43,6% que o aprovam. No levantamento anterior, em julho, a diferença era de 47,8% de desaprovação e 45,1% de aprovação.
O índice de desaprovação é o mais alto desde o início do governo Milei, conforme o AtlasIntel. O instituto realiza levantamentos periódicos com os eleitores argentinos.
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Em agosto, foram entrevistadas 4.987 pessoas. O erro amostral é de um ponto percentual, em qualquer direção.
A pesquisa deste mês foi conduzida entre os dias 20 e 25 de agosto, durante a divulgação de informações sobre um escândalo de corrupção envolvendo pessoas próximas ao presidente, incluindo a irmã dele, Karina Milei, que é secretária-geral da Presidência.
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Na última semana (portanto, durante a realização do levantamento), a imprensa argentina divulgou áudios atribuídos ao então chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), Diego Spagnuolo, que é advogado e amigo do presidente.
Nas gravações, constata-se que Karina Milei seria uma das principais beneficiárias de um esquema de corrupção para a aquisição de medicamentos para pessoas com deficiência. Outro nome próximo de Milei, o subsecretário de Gestão do governo, Eduardo Menem, também estaria envolvido.
Na quarta-feira, 27, o presidente argentino precisou deixar precipuamente um evento de campanha. Milei e Karina participavam de um desfile com o candidato José Luis Espert, que concorre nas eleições legislativas de Buenos Aires, previstas para o dia 7, quando a comitiva foi alvo de ataques com pedras e outros objetos.
Fonte por: Carta Capital