Desafios do envelhecimento no Brasil: como garantir dignidade e qualidade de vida aos idosos?
Três inteligências artificiais elaboram redações sobre o envelhecimento na sociedade brasileira, abordando desafios, políticas públicas e a dignidade dos idosos
Redações sobre o Envelhecimento na Sociedade Brasileira
A reportagem solicitou a três inteligências artificiais que elaborassem uma redação com o tema do Enem deste ano: “perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”. As IAs ChatGPT, Claude e DeepSeek receberam as mesmas instruções e limitações que os candidatos tiveram na prova oficial, incluindo o limite de 30 linhas e a necessidade de um título e linha fina.
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O objetivo era observar não apenas a estrutura textual de cada IA, mas também suas abordagens ao tratar de um tema complexo como o envelhecimento. A limitação de 30 linhas testou a concisão e a síntese argumentativa, essenciais para uma boa nota no Enem.
Análise das Redações
O ChatGPT apresentou uma redação focada nos desafios sociais e na necessidade de políticas públicas eficazes. Sua argumentação é clara, abordando a invisibilidade e o abandono dos idosos, além do preconceito etário. A proposta de intervenção envolve Estado, família e sociedade.
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Claude destacou-se pelo uso de dados estatísticos do IBGE e repertório sociocultural, enfatizando o etarismo e a insuficiência de infraestrutura e serviços de saúde. Sua proposta de intervenção é detalhada, envolvendo diferentes ministérios e a educação.
DeepSeek trouxe uma análise mais aprofundada, iniciando com a Constituição Federal e explorando a contradição entre o princípio da dignidade humana e a realidade dos idosos. Sua redação aborda a desvalorização sociocultural e a fragilidade das políticas públicas, com uma proposta de intervenção robusta.
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Redação do ChatGPT
Título: O desafio de envelhecer com dignidade no Brasil
O envelhecimento da população é um fenômeno global, mas no Brasil traz desafios particulares, especialmente em relação às desigualdades sociais e à falta de políticas públicas eficazes. Viver mais deveria significar viver melhor, mas muitos idosos ainda enfrentam abandono e invisibilidade.
Com o avanço da medicina, a expectativa de vida aumentou, mas essa conquista não foi acompanhada por uma estrutura adequada de apoio ao idoso. O sistema de saúde público ainda é pouco preparado para lidar com doenças crônicas típicas da terceira idade.
Além disso, muitos idosos enfrentam dificuldades financeiras, pois o valor das aposentadorias é, em geral, insuficiente para cobrir despesas básicas. O preconceito etário marginaliza o idoso no mercado de trabalho e nas relações sociais, tornando o envelhecimento motivo de exclusão.
É urgente repensar as perspectivas sobre o envelhecimento na sociedade brasileira. O Estado deve investir em políticas que promovam a autonomia e o bem-estar dos idosos, enquanto a família e a sociedade devem resgatar o respeito por aqueles que contribuíram para o país.
Redação do Claude
Título: O Brasil que envelhece: desafios e oportunidades
O Brasil passa por uma transformação demográfica significativa. Até 2060, cerca de 25% da população terá mais de 65 anos. Esse envelhecimento impõe à sociedade o desafio de repensar suas estruturas para garantir dignidade e qualidade de vida aos idosos.
O preconceito contra pessoas idosas, conhecido como etarismo, ainda permeia a sociedade. Segundo Simone de Beauvoir, o idoso é frequentemente tratado como um cidadão de segunda classe, o que gera isolamento e perda de autonomia.
A infraestrutura urbana e os serviços de saúde não estão preparados para atender as demandas de uma população envelhecida. Calçadas irregulares e transporte público inadequado dificultam a mobilidade e o acesso a cuidados médicos.
É imprescindível que o Ministério da Saúde, em parceria com prefeituras, amplie investimentos em centros de convivência e programas de envelhecimento ativo. O Ministério da Educação deve incluir discussões sobre respeito à terceira idade nos currículos escolares.
Redação do DeepSeek
Título: Envelhecimento populacional: implicações e respostas sociais no Brasil
A Constituição Federal de 1988 consagra a dignidade da pessoa humana, mas a realidade dos idosos revela um abismo entre esse princípio e a prática social. A perspectiva sobre o envelhecimento no Brasil oscila entre o reconhecimento jurídico de direitos e a marginalização cultural.
A desvalorização do idoso é influenciada por uma lógica capitalista que prioriza a juventude. A mídia raramente representa essa fase da vida com complexidade, perpetuando estereótipos de fragilidade e dependência.
A fragilidade das políticas públicas configura outro grave entrave. O sistema previdenciário enfrenta crises, ameaçando a segurança financeira dos idosos. A falta de preparo do SUS e a escassez de acessibilidade nas cidades aprofundam o isolamento dessa população.
É imperativo que o Estado, em consonância com a sociedade, atue para ressignificar o envelhecimento. A implementação de políticas públicas robustas e a promoção de projetos de convivência intergeracional são essenciais para construir uma sociedade inclusiva.
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.












