Os líderes das alas do PT, PSB e PSOL solicitaram à Mesa Diretora da Câmara a suspensão por seis meses dos mandatos de cinco deputados envolvidos no levante bolsonarista que buscou comprometer os trabalhos na sessão plenária entre terça e quarta.
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Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (PL-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC) são acusados de falta de decoro parlamentar. O protesto tinha como pontos centrais a votação do projeto de lei que anistia envolvidos no episódio de 8 de janeiro e o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Os líderes Lindbergh Farias (PT), Pedro Campos (PSB) e Taliria Petrone (PSOL) declaram que a ocupação representa “uma tentativa de subversão da ordem institucional, com grave violação da separação de poderes e dos princípios democráticos que sustentam o sistema representativo”.
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Ademais, argumentam que a obstrução visava impedir o funcionamento adequado do Poder Legislativo, utilizando força física, manifestações, faixas, gritos e símbolos como adesivos na boca, criando uma representação de “censura” que distorce e desvia o debate democrático.
O emprego da violência física no Parlamento, quando os parlamentares participam das representações, constitui um pressuposto perigosamente inaceitável num Estado Democrático de Direito, motivo pelo qual deve ser rejeitado com a firmeza das normas éticas e regimentais.
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Talíria não apenas assinou a petição sobre Júlia Zanatta, por ter decidido denunciar primeiramente os deputados que impediram a chegada do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), à sua cadeira.
Bilynskyj também é acusada de ter ocupado a Mesa da Comissão de Direitos Humanos e de ter agredido o jornalista Guga Noblat, do ICL Notícias, após ser questionada sobre a tarifação imposta pelo governo dos Estados Unidos.
Zé Trova, por sua vez, teria evitado fisicamente a chegada de Motta.
Quanto a Van Hattem, os líderes mencionam o incidente em que ele impediu o presidente da Câmara de se sentar, o que, segundo eles, representa um grave desrespeito à figura do deputado e à autoridade do presidente, além de constituir uma usurpação de função pública.
A representação contra Zanatta, por fim, ressaltou que ela integrou a ocupação da Mesa da Câmara com um bebê, o que representaria o “uso explícito da criança como escudo”.
A representação contra Pollon, por fim, ressaltou que ele se sentou na cadeira de Motta, o que também caracterizaria a usurpação de função pública.
Fonte por: Carta Capital