Polícia Federal investiga esquema de desvio de dinheiro da cota parlamentar! Deputados Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante são alvos da operação “Galho Seco”. Investiga-se uso de empresa de fachada para ocultar valores e acusações de peculato e lavagem de dinheiro
Uma operação da Polícia Federal, denominada “Galho Seco”, foi iniciada na manhã de sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, com o objetivo de investigar um possível esquema de desvio de recursos da cota parlamentar envolvendo deputados federais do PL.
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Segundo informações da PF, os congressistas teriam utilizado uma empresa de locação de veículos de fachada para ocultar valores provenientes de infrações penais.
O ministro Flávio Dino, do STF, autorizou buscas e apreensões em endereços dos deputados e seus assessores, além da quebra do sigilo bancário e dos dados de celulares. A investigação começou com a análise de valores discrepantes nas contas de alguns assessores, como Atailton Oliveira Santos e Itamar de Souza Santana.
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Movimentações financeiras suspeitas chamaram a atenção dos investigadores. Atailton Oliveira Santos movimentou R$ 11,4 milhões, enquanto Itamar de Souza Santana, do gabinete de Carlos Jordy, movimentou R$ 5 milhões, sem identificação clara da origem ou destino dos recursos.
As quantias, enviadas pela empresa de fachada de locação, despertaram suspeitas devido à sua incompatibilidade com os rendimentos e aos saques sucessivos no valor de R$ 9.999,00.
A investigação revelou que a empresa de fachada recebia os pagamentos de Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante pelos serviços de aluguel de carros, que eram, por sua vez, reembolsados pela Câmara, em benefício da cota parlamentar para locações e fretamento de veículos.
Dados da transparência da Câmara indicam que Carlos Jordy recebeu R$ 241.000 de janeiro de 2020 a abril de 2024, e Sóstenes Cavalcante, R$ 192.400, no mesmo período.
A investigação também apontou que a empresa de fachada possuía apenas 5 veículos em sua frota, apesar de empresas do setor na capital carioca geralmente possuírem frotas superiores a 20 veículos. Diálogos entre o assessor Itamar e a empresa Harue Locação de Veículos revelaram que parte dos valores era transferida bancariamente para a conta da Harue, enquanto outra era entregue em espécie diretamente a Itamar.
Os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy são acusados de terem desviado recursos da cota parlamentar em benefício próprio, com a colaboração de assessores como Atailton Oliveira dos Santos e Itamar de Souza Santana, utilizando a empresa Harue Locação de Veículos Ltda. para facilitar o esquema (peculato e lavagem de dinheiro).
O deputado federal Carlos Jordy negou as irregularidades e afirma estar sofrendo perseguição da PF. O PL e Sóstenes Cavalcante ainda não se manifestaram sobre a operação. O Poder360 continuará acompanhando o caso e atualizará a reportagem caso obtenha posicionamento das autoridades.
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Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.