Deputados interrompem reunião com Haddad
Após cerca de três horas, a sessão com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na Câmara dos Deputados sobre as medidas de compensação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi interrompida abruptamente. Deputados da oposição, que contestaram os termos utilizados pelo ministro, impediram que outros parlamentares fizessem perguntas, o que resultou em…

Após quase três horas de duração, a audiência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na Câmara dos Deputados sobre as medidas de compensação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi encerrada precocemente. Parlamentares da oposição, que contestaram os termos utilizados pelo ministro, impediram que os demais deputados fizessem perguntas, o que levou ao término da sessão, que era realizada de forma conjunta pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira.
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Na segunda rodada de interrogações, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) manifestaram críticas à supérvia do governo, alegando que as ações recentes não solucionam o déficit nas contas públicas. Antes que o ministro respondesse às questões, contudo, os parlamentares se retiraram da sessão. Ao comentar as críticas durante sua fala, Haddad ironizou a atitude dos deputados, classificando-a como “molecagem”.
Agora surgem dois deputados, fazem as perguntas e fogem do debate. Nikolas apareceu [chegou aqui] apenas para se exibir. Pessoas falaram, “agora têm maturidade”. E sai correndo, não quer ouvir explicação, quer manter o argumento dele. Não quer dar espaço para o diáfazê-lo mudar de ideia.
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“Essa conduta não é adequada. Venho aqui para debater. É um comportamento de busca por exposição na internet e posterior desaparecimento. Isso configura oportunismo, e não é positivo para a democracia”, prosseguiu o ministro.
Ao retornar ao plenário para a terceira rodada de questionamentos, Jordy solicitou direito de resposta e rebateu Haddad com veemência. “Eu estava em outra comissão. O ministro nos chamou de moleque. Moleque é você, ministro, por ter aceitado um cargo dessa magnitude e só ter feito dois meses de [faculdade] economia. Moleque é você por ter feito o nosso país ter o maior déficit da história. Governo Lula é pior do que uma pandemia”, declarou Carlos Jordy do PL.
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Nikolas também solicitou uma intervenção e tentou responder, porém o deputado Rogério Correia (PT-MG), que conduzia a audiência pública, não permitiu, o que provocou uma discussão entre Correia, Jordy, Nikolas e o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que seria o próximo a se pronunciar. Sem consenso para retomar a audiência e após diversas solicitações de ordem ao plenário, Correia interrompeu a sessão antes do início da terceira série de perguntas.
As contas públicas Haddad responderam às críticas sobre a situação fiscal do governo. Ele reiterou que o superávit primário de R$ 54,1 bilhões em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), foi alcançado com o atraso no pagamento de precatórios e a privatização da Eletrobras por um valor inferior ao de mercado.
O ministro também ressaltou que o resultado daquele ano foi obtido com o prejuízo de cerca de R$ 30 bilhões no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), devido à redução artificial dos preços dos combustíveis e ao dinheiro devolvido pelo governo atual aos estados em 2023. Haddad mencionou ainda o pagamento recorde de cerca de R$ 200 bilhões de dividendos da Petrobras, que beneficiou o Tesouro Nacional, o maior acionista da estatal.
Agência Brasil
Fonte por: Tribuna do Norte
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.