Deputados elaboram requerimento para CPI apurar esquema financeiro envolvendo associados de Trump e Bolsonaro

Circulam mais de R$ 6,6 bilhões em operações, utilizando informações privilegiadas na iminência do aumento de tarifas nos Estados Unidos; denúncia apont…

23/07/2025 22:19

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RJ - MERCADO/DÓLAR - ECONOMIA - ECONOMIA - Registro de notas de dólar, feito em Petrópolis (RJ), na manhã desta quarta-feira, 18 de dezembro de 2024. O dólar     não dá trégua e volta a subir até R$ 6,1412 (+0,74%) no mercado à vista nesta manhã, após abertura perto da     estabilidade. Além da espera pela conclusão das votações do pacote fiscal na Câmara, prevista para esta quarta, o     mercado sustenta demanda cambial, em especial por empresas e fundos, para remessas de dividendos ao exterior ainda     nesta semana, antes das festas de fim de ano.     18/12/2024 - Foto: DAVI CORRÊA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
RJ - MERCADO/DÓLAR - ECONOMIA - ECONOMIA - Registro de notas de ...

Um novo escândalo de dimensões internacionais poderá ser objeto de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional. A motivação é a revelação de que mais de R$ 6,6 bilhões foram movimentados de forma incomum na bolsa de valores brasileira, poucas horas antes do anúncio oficial da tarifação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil.

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Denúncia divulgada pelo portal ICL Notícias aponta que os ganhos expressivos envolviam grupos ligados ao presidente Donald Trump e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os operadores suspeitos destacam-se grandes instituições financeiras, como a BGC – empresa do atual Secretário de Comércio do governo Trump, Howard Lutnick –, além do banco BTG Pactual e da corretora Tullett Prebon.

O comportamento do mercado e o timing das operações suscitam suspeitas sobre o uso de informações privilegiadas para a obtenção de lucros com a queda prevista dos ativos brasileiros.

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A base governista considera o caso como um ataque à soberania nacional e aponta indícios de uma articulação golpista com motivações políticas e financeiras. “É inaceitável que aliados de Bolsonaro estejam lucrando com a desvalorização do país, enquanto a população sente os efeitos da retaliação econômica”, declarou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara.

O parlamentar denuncia diretamente o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu aliado Paulo Figueiredo, neto do último general-presidente do regime militar, por estarem atuando nos Estados Unidos como lobistas em favor de sanções contra o Brasil. Ambos teriam participado de articulações junto ao governo Trump para pressionar por medidas que fragilizam a economia brasileira e afetam a imagem internacional do país.

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Diante da seriedade das acusações, Lindbergh Farias declarou que conduzirá um movimento para a obtenção de assinaturas com o intuito de instaurar uma CPI ao término do período recesso parlamentar. A comissão terá como missão investigar a origem das operações financeiras conduzidas nas vésperas do anúncio das tarifas, identificar eventuais crimes financeiros, de traição à pátria e possíveis conexões com agentes políticos ligados à extrema direita internacional.

O Congresso Nacional não pode permanecer inerte diante de crimes que atentam contra a soberania brasileira. O Brasil não é colônia de interesses estrangeiros. É hora de responder, declarou Lindbergh.

A proposta visa intensificar ainda mais as divergências entre governo e oposição no segundo semestre legislativo, reacendendo o debate sobre os limites da atuação política no exterior e o emprego de informações privilegiadas em operações financeiras.

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.