Deputados argentinos rejeitam veto de Milei a recursos para pessoas com deficiência
A derrubada do projeto de lei que previa aumentos nas aposentadorias foi preservada pelos parlamentares.
A Câmara baixa do Congresso argentino rejeitou nesta quarta-feira 20 o veto do presidente Javier Milei a uma lei que elevava os recursos destinados a pessoas com deficiência. O Senado irá agora decidir se o bloqueio do presidente será mantido.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Aprovada pelo Congresso no mês passado, a lei de emergência visa regularizar pagamentos pendentes a operadoras de saúde e assegurar a continuidade dos serviços até dezembro de 2027. A proposta também contempla uma nova forma de previdência.
A lei e a lei dos aposentados foram rejeitadas no início do mês pelo presidente, sob o argumento de que representavam uma ameaça ao equilíbrio fiscal. A votação dos deputados para revogar o veto ocorreu com 172 votos favoráveis e 73 votos contrários, com 2 abstenções.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fora do Congresso, centenas de manifestantes celebraram. A estimativa do Escritório de Orçamento do Congresso indica que a lei causaria um impacto fiscal entre 0,22% e 0,42% do PIB.
Os deputados deram manutenção ao veto à lei que previa um aumento de 7,2% nas aposentadorias, acrescido de um bônus de aproximadamente 100 dólares (547,20 reais) para os beneficiários da pensão mínima, que corresponde a cerca de 260 dólares mensais (1.430 reais), um terço da cesta básica do idoso.
Leia também:
Reino Unido impõe 90 novas sanções à infraestrutura petrolífera da Rússia e terminais na China
Venezuela denuncia EUA por facilitar narcotráfico no Caribe e ignora o Pacífico
Cortes de financiamento podem deixar 13,7 milhões em fome extrema, alerta PMA sobre Haiti, Somália e Sudão
Com 160 votos a favor e 83 contrários, e 6 abstenções, a decisão dos deputados confirma o veto que não seguirá para o Senado.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












