Deputado Tião Medeiros Solicita Esclarecimentos sobre Empréstimo dos Correios
O deputado Tião Medeiros (PP-PR) protocolou nesta quarta-feira (15) um pedido de explicações ao ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, a respeito das negociações dos Correios para um empréstimo de aproximadamente R$ 20 bilhões.
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A estatal revelou que está em tratativas com bancos estatais e privados, contando com a garantia do Tesouro Nacional, para equilibrar suas contas neste ano e em 2026. O pedido de esclarecimentos foi apresentado por Medeiros antes da confirmação oficial das negociações, que foi feita pelo presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, mais tarde.
Críticas da Oposição e Detalhes do Requerimento
Desde terça-feira (14), membros da oposição têm criticado a possibilidade de um empréstimo e manifestaram a intenção de acompanhar o processo de perto. No requerimento de Tião Medeiros, que ainda precisa ser analisado, o deputado solicita informações sobre a autorização do Tesouro Nacional para a operação de crédito.
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“Causa estranheza a intenção de contrair empréstimo de R$ 20 bilhões com aval do Tesouro Nacional, pois tal operação pode onerar o contribuinte e aumentar o risco fiscal da União, especialmente considerando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”, justificou.
Solicitações e Situação Financeira dos Correios
Entre as informações solicitadas pelo deputado estão: resultados líquidos (lucro ou prejuízo) dos Correios nos últimos cinco anos, balanços patrimoniais, medidas para redução de despesas e a justificativa técnica e econômica para a concessão do aval do Tesouro Nacional.
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O requerimento também pede estudos sobre a viabilidade de privatização total ou parcial dos Correios e a destinação dos recursos do empréstimo. O processo de negociação ainda está em andamento, e o primeiro passo para a aprovação do crédito será a autorização do conselho de administração da empresa, que deve ser analisada até a próxima sexta-feira (24).
Outras ações planejadas pelos Correios para garantir a sustentabilidade financeira incluem a renegociação de contratos com grandes fornecedores e a venda de imóveis ociosos. No primeiro semestre, a estatal registrou um prejuízo de R$ 4,3 bilhões, mais do que o triplo do desempenho negativo do mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 1,3 bilhão.