O deputado Rui Faleá (PT-SP) protocolou, na segunda-feira (8), no STF (Supremo Tribunal Federal), uma representação contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em relação à suposta prática de “coação no curso do processo, incitação ao crime e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.
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A acusação se refere às declarações do governador no evento realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, na última segunda-feira (7), dia que comemora a independência do Brasil.
“Não admitiremos a tirania de um poder sobre o outro. Basta!” disse. “Não aceitaremos que nenhum ditador determine o que devemos fazer.”
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“Ninguém mais tolera a arbitrariedade de um ministro como Moraes”, declarou.
Para Rui Falcão, o republicano atentou contra a independência do Poder Judiciário e incitou a população à desobediência a decisões judiciais.
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O contexto é determinante. As falas ocorreram durante ato político em defesa da anistia para Jair Bolsonaro e seus aliados acusados de tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Dessa forma, a declaração de Tarcísio não é isolada, mas parte de uma estratégia de deslegitimação do Judiciário e de preparação para a impunidade via anistia, argumenta o parlamentar no documento.
Falcão requer o envio urgente da representação da PGR (Procuradoria-Geral da União), a possível abertura de inquérito no STF, a aplicação de medidas protetivas e o informe à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) sobre “possível crime de responsabilidade do governador, com o objetivo de instaurar o processo político de impeachment”.
Desde domingo (7), é a segunda vez que o STF é acionado por Rui Falcão, devido às declarações e articulações de Tarcísio.
A CNN contatou o Palácio dos Bandeirantes e está à espera de resposta.
Fonte por: CNN Brasil