Deputado Derrite muda regras do Projeto Antifacção: penas e bloqueio de bens aprimorados

Deputado Derrite aprimora PL Antifacção: penas mais duras e bloqueio de bens flexibilizado. Governo e oposição divergem sobre destino dos recursos apreendidos.

18/11/2025 15:16

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(Imagem de reprodução da internet).

Revisão do Projeto de Lei Antifacção: Mudanças na Destinação de Recursos e Bloqueio de Bens

O relator do Projeto de Lei Antifacção, o Deputado Paulo Derrite (PP-SP), manteve em sua quinta versão a proposta de divisão dos recursos provenientes de bens apreendidos em operações conjuntas entre a Polícia Federal e os fundos estaduais. Essa questão é um dos principais pontos de divergência com o Planalto.

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A nova versão, divulgada nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025, estabelece que a destinação dos valores seguirá critérios específicos. Se a investigação for conduzida pela polícia do Estado, o dinheiro será destinado ao Fundo de Segurança Pública estadual.

Caso a Polícia Federal seja a principal responsável pela investigação, os recursos serão direcionados ao Fundo Nacional de Segurança Pública. Em operações conjuntas entre a PF e a polícia estadual ou do Distrito Federal, a divisão será de 50% para cada um dos fundos.

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Uma mudança significativa é a decisão de Derrite de abandonar a proposta inicial de direcionar parte dos recursos para o Funapol, fundo interno da própria Polícia Federal. O governo do presidente (PT) ainda manifesta preocupação com a proposta, buscando que todo o dinheiro proveniente de bens apreendidos permaneça em fundos federais, conforme já previsto na legislação atual do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Adicionalmente, a nova versão do projeto propõe aumentar a pena para líderes de organizações criminosas. A previsão atual varia entre 20 e 40 anos, mas a proposta revisada pode elevar a pena a até 66 anos. Outra alteração importante é a flexibilização do bloqueio de bens.

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Inicialmente, o bloqueio só ocorreria após o trânsito em julgado da sentença condenatória. Agora, o bloqueio será possível mesmo na fase de inquérito policial, caso exista risco concreto de que os recursos sejam dissipados pelas organizações criminosas.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.