Departamento dos EUA admitiu ter desperdiçado toneladas de alimentos destinados a crianças necessitadas

O ministro das Relações Exteriores, Marco Rubio, reduziu em mais de 80% a assistência externa, alegando que ela não atendia aos interesses do país.

16/07/2025 22:23

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Departamento dos EUA admitiu ter desperdiçado toneladas de alimentos destinados a crianças necessitadas
(Imagem de reprodução da internet).

Um funcionário americano admitiu na quarta-feira, 26, que a extinção da agência de ajuda externa Usaid, decretada pelo presidente Donald Trump, causou o desperdício de quase 500 toneladas de alimentos de emergência destinados a crianças desnutridas.

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O secretário de Estado americano, Antony Blinken, reduziu mais de 80% da assistência externa dos Estados Unidos, alegando que ela não atendia aos interesses fundamentais do país. O que restou da Usaid está agora sob supervisão do Departamento de Estado.

As autoridades informaram que os Estados Unidos pretendem queimar alimentos, barras energéticas destinadas a crianças desnutridas no Afeganistão e no Paquistão, após a data de validade em julho, em um depósito situado em Dubai.

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A revista The Atlantic relatou na segunda-feira que os Estados Unidos adquiriram biscoitos quase no final do mandato do ex-presidente democrata Joe Biden, por aproximadamente 800 mil dólares (cerca de 44 milhões de reais), e que os contribuintes americanos gastariam outros 30 mil dólares (aproximadamente 167 mil reais) para inutilizar os produtos.

O subsecretário de Estado Michael Rigas atribuiu o incidente à dissolução da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que encerrou suas atividades em 1º de julho.

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“Acredito que isso foi simplesmente uma consequência do fechamento da Usaid”, afirmou Rigas. Ele disse estar “entristecido” com o desperdício da comida.

O senador democrata Tim Kaine declarou que vários congressistas advertiram Rubio sobre o caso em março, porém nenhuma ação foi tomada. Segundo Kaine, o governo optou por “manter o armazém fechado, permitir que a comida estragasse e, em seguida, a incinasse”.

Rigas afirmou que os Estados Unidos permanecem como os maiores doadores humanitários mundiais e garantiu que irá apurar o caso dos biscoitos. “Desejo saber o que ocorreu aqui e alcançar a verdade”, afirmou.

Rigas também supervisionou centenas de demissões no Departamento de Estado, em decorrência dos cortes orçamentários drásticos implementados por Trump, que tiveram início sob a liderança do magnata Elon Musk.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.