Departamento do Tesouro dos EUA anuncia novas medidas para auxiliar empresas afetadas pela tarifa

O ministro Jorge Viana destacou o esforço do governo federal para persuadir autoridades norte-americanas a revogar ou reduzir tarifas.

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Jorge Viana, enfatizou no encontro exclusivo com a TV Brasil o esforço do governo federal para apoiar as empresas brasileiras afetadas e persuadir os órgãos americanos a cancelar ou, pelo menos, reduzir a tarifação.

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Viana ressaltou os R$ 30 bilhões do Plano Brasil Soberano direcionados às empresas nacionais impactadas e a criação de um novo escritório da Apex em Washington, capital dos Estados Unidos.

São R$ 30 bilhões que proporcionam um ambiente seguro, de empréstimo, com redução da carga tributária, exclusivamente para empresas que foram alcançadas pelo tarifário. Também estamos marcando presença, estendendo nosso escritório de Miami para Washington, já temos em Nova York e em São Francisco.

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O presidente da Apex afirmou que o governo brasileiro já firmou parcerias com a Amcham e com segmentos que importam produtos brasileiros, “que podem exercer pressão junto à Casa Branca para que sejam excluídos mais produtos da tarifação”.

Soberania

Para Viana, se a disputa tarifária dos Estados Unidos contra o Brasil tivesse se originado de uma questão comercial, ela já estaria solucionada. O presidente da Apex acrescentou que as exigências dos Estados Unidos para revogar as sanções contra o Brasil atentam contra a soberania do país.

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Não há como ter ação política nesse caso, quando as condições que estão sendo colocadas pelo presidente dos Estados Unidos ferem a soberania do Brasil. [O presidente estadunidense] está querendo fazer uma interferência em um poder, no caso, o judiciário brasileiro, e isso é inconcebível. Se fosse uma questão só comercial, já estava resolvida.

O Brasil classificou a situação comercial com os Estados Unidos como “extraordinária, fantástica, para eles” e “boa para nós”, e destacou que, em razão disso, uma das estratégias brasileiras contra o tarifamento será a de o país se aproximar dos empresários estadunidenses importadores de produtos nacionais.

Não desejamos abandonar este comércio. Para não desistir, precisamos também incluir os importadores que lucram significativamente com os produtos brasileiros que são enviados para lá. Isso se aplica ao café. Também se aplica a produtos como a carne, que está ficando mais cara nos Estados Unidos devido à queda do rebanho.

Mercados emergentes.

O presidente da Apex declarou que uma nova estratégia consiste em identificar novos países consumidores dos produtos brasileiros, e que a agência já realizou o levantamento de novos mercados.

Existem mercados para a gente colocar do café ao calçado. Nós já estudamos mais de 108 mercados, há setores que podem ter novos mercados em 72 países.

Viana afirma que os novos mercados identificados são “bastante significativos” para receber os produtos que deixaram de ser importados pelos Estados Unidos, devido à imposição de tarifas.

Acreditamos que, através da participação em feiras, eventos e da atração de compradores para o Brasil, identificaremos compradores para uma parcela desses 18 bilhões de dólares [em exportações do Brasil para os EUA], que corresponde à fatia sendo alcançada pela tarifação.

Oportunidades

O presidente da Apex afirmou que o Brasil está muito bem preparado para lidar com a crise envolvendo os Estados Unidos e que deverá identificar novas oportunidades diante da situação. Viana declarou que, em uma guerra comercial, todos os participantes sofrem, mas “às vezes, quem provoca a guerra perde mais”.

O Brasil está muito bem para lidar com essa crise. Em uma guerra comercial, que é o que parece estar acontecendo pelos Estados Unidos, todos perdem. Contudo, muitas vezes, quem provoca a guerra perde mais. O Brasil possui o BRICS, tem uma ótima relação com a Índia, com a China, com a Rússia. Temos amizade com todos os países, inclusive com os Estados Unidos.

“Todos sofrem perdas, porém aqueles que conseguem identificar e aproveitar as oportunidades podem se sair melhor nesta crise”, declarou.

Exportações

Dados da ApexBrasil indicam que, de janeiro a março deste ano, o Brasil exportou US$ 77,3 bilhões em produtos, valor inferior aos US$ 77,7 bilhões do mesmo período de 2024. O resultado comercial apresentou saldo positivo em US$ 10 bilhões.

Os produtos exportados mais relevantes incluíram petróleo bruto, soja, minério de ferro e café verde, com ênfase nas exportações de produtos industrializados, que apresentaram crescimento nesse período, incluindo máquinas e equipamentos elétricos.

Em relação aos principais países de destino das exportações brasileiras, no primeiro trimestre, observam-se China (US$ 19,8 bilhões), União Europeia (US$ 11,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 9,7 bilhões) e Mercosul (US$ 5,8 bilhões), com destaque para o aumento de 51% na Argentina.

Fonte por: CNN Brasil

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