Departamento de Justiça dos EUA investiga possíveis práticas anticompetitivas no uso de inteligência artificial para determinar preços de passagens aéreas

O secretário de Transporte dos Estados Unidos, Sean Duffy, afirmou nesta terça-feira (5) que o departamento está preocupado com o uso de inteligência artificial para determinar preços de passagens aéreas personalizados e investigará se isso está ocorrendo.

A Delta Air Lines informou, na semana passada, aos parlamentares que não emprega nem empregará inteligência artificial para determinar preços destinados a consumidores individuais.

“Podemos assegurar que investigaremos se alguém fizer isso”, declarou Duffy. “Agiremos de forma muito rigorosa caso alguma empresa tente usar IA para precificar assentos individualmente.”

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Duffy acrescentou que a Delta afirmou não utilizar IA para definir preços de passagens individuais, e expressou ceticismo em relação a essa declaração.

Em dezembro passado, os senadores democratas Ruben Gallego, Mark Warner e Richard Blumenthal expressaram a convicção de que a companhia aérea sediada em Atlanta empregaria inteligência artificial para estabelecer preços individuais, o que “provavelmente implicaria em aumentos de tarifas até o ponto de dor pessoal de cada consumidor”.

A Delta anunciou que pretende implementar uma tecnologia de gerenciamento de receita impulsionada por IA em 20% de sua frota doméstica até o fim de 2025, em colaboração com a Fetcherr, uma empresa de precificação com inteligência artificial.

A Fetcherr declara em seu site que sua tecnologia é confiada pelas principais companhias aéreas do mundo, incluindo Delta, WestJet, Virgin Atlantic, Viva e Azul.

O presidente executivo da American Airlines, Robert Isom, declarou no mês passado que a utilização de inteligência artificial para determinar os preços das passagens pode comprometer a confiança do consumidor.

Os parlamentares democratas Greg Casar e Rashida Tlaib propuseram uma lei para evitar que empresas utilizem inteligência artificial na determinação de preços ou salários com base em dados pessoais de cidadãos americanos, além de proibir que companhias aéreas elevem preços individuais após a identificação de uma busca por informações sobre o falecimento de um familiar.

A Delta afirmou que empresas aéreas praticam preços dinâmicos há mais de três décadas, com os valores variando conforme fatores como demanda total, custo do combustível e a concorrência, sem utilizar informações individuais de cada cliente.

Fonte por: CNN Brasil